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Como ocorrem os eclipses lunares?

É tudo questão de estar no local certo, na hora certa

Por Rodrigo Ratier
Atualizado em 22 fev 2024, 11h05 - Publicado em 18 abr 2011, 18h53

Um eclipse acontece toda vez que um astro deixa de ser visível porque entra na sombra de outro. No caso dos eclipses lunares, a Lua desaparece momentaneamente porque a Terra se posiciona entre nosso satélite e o Sol. “Isso ocorre em noites de lua cheia, mas apenas quando os três astros estão perfeitamente enfileirados. Como a órbita da Lua fica inclinada 5 graus em relação à órbita da Terra e à do Sol, o alinhamento que gera os eclipses só é possível duas ou três vezes por ano”, afirma o astrônomo Roberto Boczko, da Universidade de São Paulo (USP).

Dependendo da posição do satélite em relação à escuridão projetada pela Terra, ocorrem três diferentes tipos de eclipses: o total, o parcial e o penumbral. Os primeiros registros dos sumiços lunares apareceram há pelo menos 4 mil anos em relatos dos babilônios e chineses, que acreditavam que o destino era determinado pelos astros. “Para esses povos, um eclipse era prenúncio de mau agouro.

Por isso, imperadores chineses contavam com astrônomos para antever esses fenômenos. Se alguém errasse, a sina era a morte”, diz Roberto. Com o conhecimento detalhado das trajetórias da Lua e da Terra, os eclipses lunares passaram a ser previstos com precisão absoluta. Mas o fenômeno ainda desperta interesse nos cientistas. Durante o rápido desaparecimento da Lua, a radiação solar deixa de aquecer o solo do satélite abruptamente, abrindo espaço para o estudo da condução de calor na superfície lunar. Para quem assiste ao show da Terra, não é necessária nenhuma precaução. Mas, se você quer conferir a cena de perto, a dica é recorrer a uma luneta ou a um par de binóculos.

ECLIPSE TOTAL
Acontece quando a Lua entra por completo na região de sombra total da Terra. Mas o satélite não chega a desaparecer, porque parte da luz solar continua iluminando-o indiretamente. Ao passar pela atmosfera da Terra, os raios vermelhos da radiação solar são desviados e atingem a Lua, conferindo-lhe uma cor entre o laranja e o marrom. Cerca de 35% dos eclipses lunares são desse tipo

ECLIPSE PENUMBRAL
Também ocorre em 35% dos casos, sempre que a Lua passa pela região de escuridão parcial projetada pela sombra do nosso planeta. Nessas situações, o brilho do satélite permanece quase igual, por isso é difícil ver um eclipse penumbral, mesmo com a ajuda de telescópios. A diminuição da luminosidade só é percebida com aparelhos especiais, chamados de fotômetros

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ECLIPSE PARCIAL
Nesse tipo, apenas uma parte do satélite passa pela região de sombra total e desaparece. O restante permanece visível porque atravessa a área de penumbra, onde ainda incide um pouco de luminosidade solar. É o tipo de eclipse lunar que ocorre com menor intensidade: aparece no céu terrestre em 30% das vezes

RECHEIO ESCURO
Os tipos de eclipse lunar dependem da posição do satélite em relação à sombra da Terra. Nosso planeta projeta uma área de escuridão dividida em duas regiões: a sombra total, onde o planeta bloqueia todos os raios solares, e a penumbra, uma espécie de escuridão parcial. Um eclipse total fica no meio de um “sanduíche” entre as fases penumbral e parcial de desaparecimento da Lua. Ao todo, o sumiço lunar completo leva cerca de quatro horas, mas apenas 30 minutos são de escuridão total

AUDIÊNCIA GARANTIDA
O desaparecimento da Lua pode ser visto em qualquer lugar do mundo em que esteja escuro. Isso porque a sombra que nosso planeta lança sobre o satélite é muito grande, equivalente a cerca de três vezes o diâmetro da Lua. Por essa razão, os eclipses lunares se repetem mais em um determinado lugar do que os solares. Em um intervalo de 18 anos, uma pessoa em São Paulo, por exemplo, vê entre 19 e 20 eclipses lunares, dos quais ao menos cinco são totais

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