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Onde ficam as sementes da banana?

As variedades de banana mais consumidas não possuem sementes

Por Redação Mundo Estranho
Atualizado em 22 fev 2024, 11h05 - Publicado em 18 abr 2011, 18h53

Se você pensa que são aqueles pontinhos pretos no meio da fruta, se enganou. Na verdade, as variedades de banana mais consumidas não possuem sementes. “Os pontinhos pretos são apenas óvulos não-fecundados da flor da bananeira”, afirma o engenheiro agrônomo Oscar Ramon Pena Bendeck, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), de Piracicaba (SP).

Bananas com sementes são um privilégio das espécies selvagens, que no Brasil podem aparecer em regiões litorâneas de Mata Atlântica. “Um aluno meu encontrou uma dessas na Serra do Mar, em São Paulo. Quando mordeu a fruta, quase perdeu os dentes: ela estava cheia de sementes”, diz o biólogo Marcos Arduin, da Ufscar. Os tipos tradicionais, entretanto, reproduzem-se pela chamada propagação vegetativa, onde os brotos das novas plantas surgem a partir da planta-mãe. No caso das bananas, eles aparecem do chamado rizoma, uma estrutura na base da bananeira de onde saem as raízes e o caule.

A grande vantagem desse tipo de reprodução é que a muda atinge a fase adulta em muito menos tempo que as frutas que começam a crescer a partir de uma semente. “Mas a maior desvantagem é que todas as bananeiras serão idênticas à planta-mãe. Se a planta que deu origem aos brotos for suscetível a doenças, as descendentes também serão”, afirma outro engenheiro agrônomo, Adriano Stephan Nascente, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Rondônia.

Para a banana, o problema é especialmente grave, pois fungos que causam doenças já reduziram drasticamente a produtividade das plantações de banana-prata e banana-maçã na Ásia, África, América Central e norte do Brasil. A situação é tão perigosa que, no início deste ano, um grupo de cientistas belgas alertou que a fruta pode sumir em dez anos. Como os microrganismos sobrevivem à maioria dos pesticidas, a melhor saída é cruzar diferentes espécies para obter variedades imunes aos fungos.

“Até agora, os pesquisadores já produziram vários tipos resistentes à doença, mas com sabor um pouco diferente das variedades mais consumidas”, diz Adriano.

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Leia também:

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