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Por que não enviamos o lixo da Terra para o espaço?

Porque não faz sentido.

Por Leandro Saioneti
Atualizado em 22 fev 2024, 10h18 - Publicado em 15 dez 2016, 17h32

Pergunta da leitora Rebecca Alves, Cascavel, PR
Ilustra Pedro Cobiaco
Edição Felipe van Deursen

Por que não enviamos lixo para o espaço?
(Pedro Cobiaco)

É CARO
Em primeiro lugar, o argumento financeiro. O transporte de 20 toneladas de lixo em um foguete Falcon 9 (o mais barato para a tarefa) custaria em torno de US$ 62 milhões. Por exemplo: a cidade de São Paulo produz em um dia 11,9 mil toneladas de lixo. Ou seja, a nave precisaria de 595 viagens, o que custaria cerca de US$ 37 bilhões. Um dia de lixo paulistano custaria quase duas vezes o orçamento da Nasa para 2017 (US$ 19,3 bilhões)!

NÃO FAZ SENTIDO
Transporte espacial não tripulado é quase 100% seguro, mas acidentes acontecem. Imagine um foguete com lixo nuclear explodindo no céu? Além disso, nós tiraríamos lixo do planeta para criar lixo espacial, que ficaria na órbita terrestre (mandar esses resíduos para além da órbita é ainda mais caro). Hoje já existe muito dejeto orbitando, e a Estação Espacial Internacional já precisou alterar a rota para não se chocar com entulhos

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MAS TEM JEITO
Mesmo que o envio de 1 kg de lixo custasse R$ 1, ainda seria bem mais caro que os R$ 0,05 que se gastam para aterrar a mesma quantia (e, mesmo assim, só 30% dos resíduos no Brasil são aterrados e tratados). Outra opção mais barata seria a fábrica de gaseificação por plasma, que queima o lixo a altas temperaturas e gera energia elétrica. Uma estrutura dessas custaria cerca de R$ 500 milhões e processaria 600 toneladas por dia

LEIA TAMBÉM:
+ Para onde aponta um bússola no espaço? 
+ Qual é a temperatura do espaço? 
+ Quanto lixo existe em torno da Terra? 
+ Qual é o destino do lixo nuclear produzido no mundo?

Consultoria Professores Irapuan Filho, dos cursos de engenharia da Universidade do Vale do Paraíba, Patrícia Fontanini, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, e Paolo Gessini, do curso de engenharia aeroespacial da UnB, e Pedro Luiz Kaled, engenheiro mecânico e bolsista da Agência Espacial Brasileira

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