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Como funciona o repelente elétrico?

Baseado em um conhecimento milenar chinês

Por Bruno Machado
Atualizado em 22 fev 2024, 10h13 - Publicado em 22 Maio 2017, 16h07

 

Pergunta do leitor Erison Siqueira, São Paulo, SP
Ilustra Maíra Valentim
Edição Felipe van Deursen

 

Made in China
O aparelho é uma resistência, capaz de transformar energia elétrica em calor. O calor, por sua vez, provoca a evaporação de um composto químico tóxico para os insetos chamado piretroide. Lançado em 1980, o produto é um equivalente sintético da piretrina, repelente natural presente no crisântemo e conhecido há pelo menos 2.500 anos. Os chineses já usavam o pó de flores secas para afastar insetos

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Modo de usar
Apesar de eficaz para repelir qualquer inseto, fabricantes recomendam que o repelente seja usado especialmente contra mosquitos, como o Aedes aegypti, transmissor de dengue e zika. Ele funciona em áreas de até 10 m². Para locais maiores, recomenda-se usar mais de um repelente. O ambiente deve ter uma corrente de ar para dissipar o produto, que não deve ser colocado atrás de móveis ou acima da altura da cama

Mosquito doidão
O piretroide penetra no organismo do inseto através de orifícios respiratórios, os espiráculos. Ele chega ao sistema nervoso, onde a ação do repelente começa. A intoxicação tem quatro níveis: excitação, convulsão, paralisia e morte. Se não conseguir fugir antes de ficar totalmente paralisado, o inseto morre

  •  Repelentes e inseticidas geram resistência nos insetos. Ou seja, com o tempo, eles podem ficar imunes
  •  O repelente elétrico não é recomendado para quem tem problemas respiratórios. Ele deve ficar a pelo menos 2 m da cama

 

Mentira premiada
Repelente eletrônico é controverso

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Outro produto encontrado no mercado é o repelente eletrônico – tem até na versão aplicativo de celular. Seu suposto princípio ativo é a emissão de sons ultrassônicos, imperceptíveis ao nosso ouvido, que imitam o bater de asas de predadores naturais de mosquitos. O problema é que sua eficácia não foi comprovada cientificamente. No verão de 2012, a Band FM de São Paulo emitia um sinal de alta frequência (15 kHz) que supostamente simulava o bater de asas da libélula, predadora do mosquito. A campanha, criada pela agência Talent, ganhou prêmio no prestigiado Festival de Cannes, mas foi criticada por biólogos e entomólogos, que a consideraram irresponsável e mentirosa.

CONSULTORIA Ademir Martins, biólogo e entomologista, pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz
FONTES Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), National Pesticide Information Center, Universidade do Novo México (EUA), National Institute of Health (EUA)

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