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Os 5 maiores destaques e os 4 maiores flops da CCXP 2017

"Maior do mundo", feira encerrou sua programação em 2017 com muitos sucessos e alguns problemas que não deveriam acontecer

Por Da Redação
Atualizado em 22 fev 2024, 10h08 - Publicado em 11 dez 2017, 17h34

A Comic Con Experience 2017 aconteceu entre os dias 6 e 10 de dezembro e movimentou cerca de 200 mil pessoas no São Paulo Expo, localizado no bairro do Jabaquara, em São Paulo. Entre estandes de grandes empresas do setor, paineis com estrelas internacionais e lojas para comprar produtos diversos, o público teve acesso ao que está se consolidando como a maior comic con do mundo, tanto em número de pagantes como em área construída.

Estivemos lá nos cinco dias (a Spoiler Night e os quatro dias comuns) e contamos o que gostamos e o que não curtimos na feira.

O MELHOR DA FEIRA

1) Cosplayers diferentes e criativos

(Mundo Estranho/Mundo Estranho)

Com o aumento do público, aumentou também o número de cosplayers. E os brasileiros mostraram por que são mestres nessa arte: havia fantasias elaboradíssimas, com várias camadas e vários acessórios. Diversas franquias famosas estavam representadas, desde coisas novas como Overwatch até as vintage, como National Kid. Aliás, você já viu nossas galerias do primeiro, do segundo, do terceiro e do quarto dias?

Em 2017, a organização do evento ampliou o Camarim Cosplay, área reservada para o preparo e colocação dos trajes. Ali havia espelhos, armários e até maquiadores. A maioria dos cosplayers aprovou o espaço.

2) O painel da Marvel Studios

(Daniel Deak / Galpão de Imagens/Divulgação)

A Marvel arrasou em seu painel na CCXP. Em vez de requentar coisas, como fez a Warner, ela colocou o evento no mesmo patamar das cons gringas e trouxe conteúdos inéditos. O mais importante deles foi uma cena inédita e completa do filme do Pantera Negra, que estreia em fevereiro. Fizemos um post contando o que acontece.

Também houve um vídeo com Paul Rudd e Michael Peña (de Homem-Formiga e a Vespa) fazendo uma retrospectiva do universo Marvel, transmissões ao vivo com Ryan Coogler (diretor de Pantera Negra) e com Kevin Feige (presidente do estúdio) e um incrível presente surpresa para o primeiro da fila, que ganhou uma viagem para Los Angeles.

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3) A spoiler night

Uma das novidades da 2017 foi a Spoiler Night, basicamente uma abertura prévia do evento exclusiva para quem comprou os pacotes mais caros do evento (Epic, Full e Unlock) e também para imprensa e convidados.

Tudo estava funcionando na Spoiler Night (até o Artists Alley estava praticamente completo!), algo que nos surpreendeu. Deu para ver os estandes, comprar produtos, adquirir brindes e tudo mais quase sem aglomerações ou filas.

O fato de precisar pagar a mais para ter acesso a esse benefício é um ponto negativo, mas a ideia em si foi bacana e bem executada. Estamos apostando que ela será repetida no ano que vem.

4) Will Smith foi pra galera

Will Smith foi a grande estrela do domingo na CCXP. Ele estava lá a convite da Netflix e foi promover o filme Bright. Após o aplaudido painel, Will resolveu dar uma passeada na feira disfarçado como um dos orcs do filme. Ele se dirigiu para o estande da Netflix, incógnito, e tirou a máscara quando chegou lá, para a alegria dos fãs, que gritaram seu nome.

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Aliás, Will foi pura simpatia no painel, em que até mesmo cantou pra galera.

Artista legal é assim: se joga! E faz história.

5) Artists Alley: novamente a melhor parte da feira

O marketing da CCXP repetiu várias vezes este ano que o Artists Alley é o “coração” da feira. E foi mesmo: havia mais de 140 artistas expondo seus trabalhos, desde nomes brasileiros consagrados como Fábio Moon e Gabriel Bá até atrações internacionais como Bill Sienkiewicz e Paul Pope.

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No ano passado, o Artists Alley já havia sido expandido e melhorado. Neste ano, novamente ele recebeu tratamento especial, situado no centro da feira e com muito espaço para os fãs circularem e escolherem o que queriam comprar. Havia de tudo: quadrinhos, pôsteres, prints, adesivos, bottons, quadros… As tentações eram muitas!

O sucesso foi tanto que, segundo o Omelete, muitos dos expositores esgotaram seus produtos já no terceiro dia de feira.

OS FLOPS

1) Filas, filas e mais filas

(Victor Bianchin/Mundo Estranho)

Em 2017, o evento cresceu em número de visitantes, mas não em espaço físico. O resultado foi visível: filas gigantescas para todo lado! Na verdade, esse é um problema clássico do evento, também muito criticado em 2016. Mas a edição deste ano pareceu ter atingido um ponto crítico: o tempo de espera aumentou para tudo.

Por exemplo: quem tinha paciência para ficar de quatro a cinco horas na fila da loja do Harry Potter (que, no final, nem valia tanto a pena assim)? No estande da HBO, a atração para tirar uma foto 360o com o exército de white walkers de Game Of Thrones tinha espera de três horas. Fila da Warner para tirar foto voando como a Supergirl? Mais três horas. Quer uma estátua da Piziitoys? Uma hora e meia plantado. Quer tentar a pelúcia da Okja na Netflix? Pelo menos 50 minutos esperando. E por aí vai.

Esse problema agravou muito também a fila dos ônibus que faziam o traslado para o Jabaquara. Desde quinta-feira ela já estava quilométrica, com espera de no mínimo uma hora e meia, chegando a duas horas. No ano passado, a situação não estava tão ruim.

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A impressão que temos é que a CCXP atingiu um gargalo: o número de atrações oferecidas não é suficiente para abarcar com eficiência a quantidade de visitantes. Não se trata de achar que um evento desses não deveria ter filas. Nós sabemos que elas são inevitáveis. A questão é o excesso: se você é obrigado a passar metade do dia parado esperando só para ver duas atrações, é porque há algo de errado.

A solução seria colocar mais expositores e aumentar a área da feira. Mas como? O São Paulo Expo já é usado em 100% de sua capacidade durante o evento. Imaginamos que esse será o maior problema a ser enfrentado na edição 2018.

2) Danai Gurira não levantou da cadeira

Quem pagou R$ 300 pela foto com Danai Gurira, de Pantera Negra, acabou com um mico na mão: a atriz avrilavignezou geral e ficou sentada numa cadeira branca, não se levantando para tirar fotos com os fãs. Estes, constrangidos, tinham que dar um jeito de posar ao lado do assento.

(Gabriella Hardwicke Freitas‎/Facebook)

Ninguém é obrigado a abraçar desconhecidos e pode ser que Danai estivesse em um dia ruim (há rumores de que ela estava com a perna machucada), mas para que fazer um meet and greet se você não vai ser simpático? A atriz, que era uma das grandes estrelas internacionais do evento, acabou desapontando os fãs. Pelo menos a situação gerou um monte de memes.

(Cássio Pereira/Facebook)

3) O pacote Epic complicou a vida dos pobres mortais

Neste ano, uma das novidades da CCXP foi o pacote Epic. Por R$ 999, você ganhava um pôster, uma camiseta, acesso à Spoiler Night e o direito de entrar no pavilhão uma hora antes do publico comum.

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São benefícios bacanas, mas o problema foi o que isso significou para os não epics. O público normal que acampava na fila acabava entrando no evento já em desvantagem, com o povo do Epic posicionado nas filas dos estandes de sua preferência.

Quem queria comprar os colecionáveis exclusivos da Piziitoys/Iron Studios, por exemplo, acabou se vendo ultrapassado pelos Epic e vendo os produtos se esgotarem. Um homem que dormiu na fila na sexta-feira só para comprar esses colecionáveis, aliás, acabou ficando sem justamente por esse motivo. E isso, inevitavelmente, levou a discussões na fila sobre a intenção de comprar Epic para adquirir os colecionáveis e revender mais caro depois.

A existência do Epic, no fundo, apresenta um conflito ético, pois mostra que a CCXP, em vez de recompensar a dedicação dos fãs que madrugam na fila, prefere recompensar os fãs que têm dinheiro para pular esse processo. Complicado, não?

4) Estandes pouco inspirados

(Victor Bianchin/Mundo Estranho)

Ok, este último tópico é bastante pessoal. Mas não incluiríamos ele aqui se essa não fosse uma reclamação geral dos fãs nos grupos de Facebook. Em geral, os estandes da CCXP 2017 estavam bem menos criativos do que no ano passado. Parece até que, com a consolidação do formato e da arquitetura da feira em 2016, as marcas já entraram no evento deste ano com a sensação de missão cumprida.

A Netflix repetiu o jogo de quiz no celular que já havia feito no ano passado. A Fox repetiu o prêmio de dog tag, agora com temática da série S.W.A.T. (em 2016, o tema era o filme Logan). Havia em três estandes diferentes a mesma atração de manipular uma pessoa como se fosse uma garra humana. Havia dois paredões de escalada em estandes distintos.

E o que dizer das filas para atrações medianas? Na HBO, havia uma ativação para Westworld que basicamente consistia em passear por dois ambientes diferentes para ter acesso a um trailer da segunda temporada. Na Fox, era preciso esperar um tempão para entrar numa salinha e ver um vídeo de 30 segundos com um jump scare – atração para promover o filme dos Novos Mutantes. A Sony tinha uma fila de pelo menos meia hora para uma atração “secreta” que na verdade era um vídeo curtíssimo (menos de 15 segundos) promovendo Jumanji.

Para não dizer que só reclamamos, havia atrações bacanas também. A Fox tinha uma atividade de Maze Runner que consistia em percorrer a feira procurando “mentores”, que faziam perguntas sobre o filme. Respondendo corretamente, você era encaminhado para o próximo mentor. Concluindo todas as etapas, você ganhava um ingresso para a pré-estreia do filme. No estande da Universal, havia uma estátua em tamanho real do tiranossauro de Jurassic Park para tirar foto. No estande da Mauricio de Sousa Produções, havia um Sansão gigante. E no estande da JBC havia uma moto do Akira. Todas essas coisas com filas mais modestas do que as das grandes atrações, note-se.

Enfim, como nerds assumidos e entusiastas de cultura pop, nós da MUNDO ESTRANHO aprovamos o evento e desejamos que ele continue um sucesso. Só é preciso dar mais atenção a problemas que comprometeram a alegria do público este ano.

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