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Retrato Falado: O Vampiro de Hanôver

Friedrich Haarmann tinha fama de ladrão. Mas ele ia muito além: gostava de matar rapazes e morder o gogó das vítimas

Por Lucas Massao
Atualizado em 22 fev 2024, 10h15 - Publicado em 21 mar 2017, 16h31
(Doug Firmino/Mundo Estranho)

FICHA CRIMINAL
Nome – Friedrich Haarmann (1879-1925)
Local de atuação – Hanôver, Alemanha
Mortes – 14

1. Nascido em Hanôver no ano de 1879, Haarmann teve uma infância conturbada. Pegou ódio do pai, que passava a maior parte do tempo fora de casa trabalhando como maquinista, e foi mimado pela mãe, vinda de uma família rica. Na escola, tinha lapsos de atenção e desempenho acadêmico ruim. Chegou a repetir de ano duas vezes

2. Com 8 anos, Haarmann foi molestado por um professor, fato que escondeu até o final da vida. Em 1894, com o consentimento dos pais, deixou a escola e foi para a academia militar na cidade de Breisach. Apesar de ter se acostumado com a vida no quartel, teve de sair do Exército em novembro de 1895 após apresentar lapsos de consciência

3. De volta a Hanôver, Haarmann começou a abusar sexualmente de jovens após atraí-los para áreas afastadas da cidade, como galpões e matagais. Foi preso em 1896 e enviado para uma instituição mental, mas fugiu do manicômio e se escondeu na Suíça. Em outubro de 1899, foi convocado para o serviço militar obrigatório. Dois anos depois, desmaiou enquanto marchava com seu batalhão e recebeu dispensa compulsória

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4. Sem conseguir emprego fixo, passou a viver de pequenos crimes, como furtos, sendo preso diversas vezes entre 1905 e 1912. Em 1913, acusado de roubo e fraude, foi condenado a cinco anos de prisão. Quando foi solto em 1918, alugou um apartamento de apenas um cômodo em Hanôver. Como forma de conhecer as autoridades locais, se tornou informante da polícia

5. Em 1918, ele matou sua primeira vítima: Friedel Rothe, um jovem de 17 anos que havia fugido de casa. Por pressão da família de Rothe, que afirmou ter visto o jovem em companhia do assassino, a polícia invadiu a casa de Haarmann e o encontrou na cama com um jovem de 13 anos. Condenado a nove anos de prisão por assédio sexual e abuso de menor, Haarmann fugiu da pena até 1919

6. Foi então que Haarmann começou a matar em série. Para atrair as vítimas (rapazes entre 10 e 22 anos de idade), ele oferecia abrigo e ajuda ou dizia conhecer alguém que poderia dar um emprego. Em alguns casos, se passava por policial e dava voz de prisão. Ele tinha um parceiro, Hans Grans, um homem que morava na estação de trem de Hanôver e ajudava o assassino escolhendo possíveis alvos. Em troca, ficava com uma parte dos bens da vítima

7. Haarmann seguia um ritual para matar e desovar suas vítimas. Ele estrangulava os rapazes e depois mordia seu pomo de adão (a morte ocorria em uma das duas etapas). Em seguida, desmembrava o cadáver: começava removendo os intestinos e, depois, quebrava as costelas para acessar os outros órgãos, que eram retirados, picados e guardados em um balde. As pernas e os braços eram cortados do corpo e tinham a carne raspada, assim como o torso e a cabeça. O amontoado de órgãos, carne e ossos era jogado no rio Leine

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8. Em maio de 1924, duas crianças encontraram uma caveira humana próximo ao local onde Haarmann desovava os restos das vítimas. A descoberta de mais três caveiras fez com que a população organizasse um mutirão para vasculhar o rio Leine. Mais de 500 ossos foram achados pela mobilização popular, os quais, após a perícia, foram identificados como pertencentes a 22 jovens diferentes. A suspeita caiu sobre Haarmann

9. Em 22 de junho de 1924, Haarmann foi abordado por dois policiais de Berlim, chamados para auxiliar na captura. Ao entrarem em seu apartamento, as autoridades encontraram o local repleto de manchas de sangue. Na cadeia, ele confessou 14 das 27 mortes que estavam em sua acusação e foi condenado por apenas dez. Comparsa em vários assassinatos, Hans recebeu apenas 12 anos de prisão e viveu em Hanôver até sua morte, em 1975

QUE FIM LEVOU? Depois de um julgamento que durou duas semanas, Haarmann foi decapitado em 15 de abril de 1925 no pátio da prisão de Hanôver

TdF sugeriu – Caroline Walkinir

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FONTES Livros Monsters of Weimar: Haarmann, the Story of a Werewolf, de Theodor Lessing, e The World’s Most Evil Murderers: Real-Life Stories of Infamous Killers, de Colin Wilson e Damon Wilson; sites Murderpedia e Criminal Minds

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