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Como foi construída a Muralha da China?

Ela é resultado da junção de diversas construções feitas ao longo dos séculos – e a parte que você provavelmente conhece é mais recente.

Por Lívia Lombardo
Atualizado em 11 abr 2024, 16h20 - Publicado em 1 jul 2009, 15h45

Não foi de uma vez. A muralha que conhecemos hoje é junção de várias construções feitas ao longo dos séculos.

Por 1900 anos, os chineses ergueram vários muros diferentes para se proteger das invasões dos povos do norte. As primeiras barreiras surgiram antes da unificação do império, em 221 a.C. Ao transformar sete reinos em um país, o imperador Qin Shihuangdi (259-210 a.C.) começou a unificar tudo numa única muralha. Nas dinastias seguintes, ela seria gradualmente ampliada.

A Grande Muralha atingiu o auge no século 15, durante a dinastia Ming. Neste ponto, muito do que tinha sido construído na dinastia Qing já nem existia mais. Os trechos mais famosos – aqueles que você provavelmente conhece e pensa quando ouve “Muralha da China” – são os da era Ming.

Em abril de 2009, o governo chinês divulgou que a muralha tem 8.850 quilômetros, valor calculado com a ajuda de GPS. Em 1987, a Muralha foi declarada Patrimônio da Humanidade pela ONU, e hoje é um dos destinos turísticos mais procurados do Oriente.

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Especula-se que, no auge, até milhões de soldados viviam na fortificação. A partir de 1664, quando os manchus (um povo originário da região da Manchúria) expandiram o território da China na direção norte, a obra perdeu utilidade militar. Em 1677, uma ordem do imperador Kangxi (1654-1722) pôs fim à longa saga de construções e reformas da mais incrível estrutura militar do mundo.

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Feita de tijolos de barro, muralha servia como depósito e abrigo militar

TRABALHO E MORTE

A Grande Muralha foi construída por milhares de camponeses que, em troca do trabalho, eram liberados do pagamento de impostos. Há registros que dizem que, por causa da má alimentação e do frio, até 80% dos operários morriam trabalhando

TIJOLOS RESISTENTES

Além de ampliar a barreira, a dinastia Ming (1368-1644) criou tijolos resistentes, feitos de barro aquecido a 1 150 ºC. Saindo dos fornos, que ficavam a até 80 quilômetros do muro, eles eram levados em carroças. A argamassa era feita com barro e farinha de arroz

DEPÓSITO E ABRIGO

As torres serviam como depósito de mantimentos, abrigo para até 50 militares e base para observação de movimentos inimigos. A distância entre elas variava, mas seguia um critério: cada torre tinha que visualizar os sinais emitidos pela vizinha

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A Grande Muralha da China, numa vista aérea.
(Yaorusheng/Getty Images/Reprodução)

FUMAÇA DE ESTERCO

A comunicação entre as torres era feita com sinais de fumaça preta.No auge da muralha, o combustível mais usado era esterco misturado com palha. Na falta desse material, os soldados improvisavam com bandeirinhas pretas ou brancas

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PASSARELAS MILITARES

As torres eram ligadas por passarelas de 6 metros de largura, grandes o suficiente para permitir a rápida movimentação das tropas em caso de ataques dos inimigos. A defesa contra os invasores também era feita a partir desse local privilegiado

VITÓRIAS E DERROTAS

A Grande Muralha foi posta à prova diversas vezes. Em 1211, Gêngis Khan (1162-1227) venceu os chineses que se defendiam na área leste da construção. Mas ela salvou a China em 1482, quando os mongóis ficaram presos contra as fortificações.

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