Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Qual é o filme recordista em efeitos especiais?

Por Cíntia Cristina da Silva
Atualizado em 22 fev 2024, 11h13 - Publicado em 18 abr 2011, 18h49
Hakim_bezzah_sfx

Taí uma pergunta difícil de responder. Antes de tudo, vamos lembrar que existem vários tipos de efeitos: as explosões pirotécnicas, as ilusões de ótica, as recriações em computador… Essa diversidade toda gera dilemas na hora de bolar um ranking: uma seqüência de cinco minutos de uma animação computadorizada, por exemplo, vale a mesma coisa que uma explosão de dez segundos? Ambas devem contar como um único efeito especial? E quando mais de um efeito aparece na mesma cena? Para evitar a bagunça total, a gente partiu para um critério mais objetivo: concedemos o título ao filme que gastou a maior porcentagem de seu orçamento em efeitos especiais. Até hoje, o recordista é o clássico 2001: Uma Odisséia no Espaço, filmado em 1968. Essa superprodução do diretor Stanley Kubrick custou 10,5 milhões de dólares, dos quais 6,5 milhões – mais de 60% do total, portanto – foram para a produção de efeitos. Bem mais complicado é dizer qual filme torrou mais grana nos efeitos em números absolutos. Os grandes estúdios escondem o jogo, mas dá para ter algumas pistas. Na época do lançamento de O Homem Aranha 2, por exemplo, os produtores divulgaram um investimento de 54 milhões de dólares – cerca de 25% do orçamento do filme – nas estripulias digitais do herói. Em outra história conhecida, a trilogia O Senhor dos Anéis, dá para deduzir que o diretor Peter Jackson queimou boa parte dos 300 milhões do orçamento em imagens digitais. O primeiro filme da série teve 560 efeitos gerados em computador, o segundo mais de 800 efeitos e o terceiro 1 500. Mesmo assim, o grande recordista em número de tomadas com efeitos digitais é o filme A Vida em Preto e Branco, de 1998, com 1 700! Já a mais grandiosa explosão da história é ainda mais recente: ela apareceu em Pearl Harbor, no ano de 2001. Esse “cabum” gigantesco custou 5,5 milhões de dólares, consumiu 700 bananas de dinamite e 18 mil litros de gasolina. Se hoje o computador faz quase todo o serviço, nos primórdios do cinema a coisa toda era no braço, com criatividade e grandes sacadas. Nessas páginas, a gente recria os principais passos dessa história especial.

Um século de magia Efeitos pioneiros incluíam marionetes e desenhos a mão para encantar o espectador

1893 – Marco mortal

O primeiro efeito especial da história apareceu no filme The Execution of Mary, Queen of Scots (“Execução de Mary, Rainha da Escócia”). Na cena da decapitação de Mary, a câmera mostrava a atriz com a cabeça num bloco de madeira. Quando o machado estava para atingi-la, a gravação foi parada, a atriz saiu da cena e um boneco tomou seu lugar. Dá para ver a seqüência no endereço https://memory.loc.gov/ammem/edhtml/edmvchrn.html

Continua após a publicidade

1902 – Luar animado

O francês Georges Méliès introduziu a primeira cena de animação na telona no Filme Viagem à Lua, a pioneira ficção científica do cinema. Méliès usou seus conhecimentos de mágico para fazer pessoas “desaparecerem”. Ele fazia isso parando a câmera, retirando a autor e voltando a filmar

1907 – Aves mecanizadas

Para recriar o pássaro gigante que seqüestra um bebê no filme Rescued from an Eagle’s Nest (“Resgatado de um Ninho de Águia”), o italiano Edwin Porter usou bonecos mecanicos pela primeira vez no cinema. Para dar a sensação de movimentos ele também mudava a posição dos modelos e os filmava quadro a quadro

1923 – Corcunda inovadora

Famoso pela maquiagem impressionante, o filme O Corcunda de Notre Dame também foi o pioneiro a usar a sobreposição de imagens. O truque era simples: como uma película pode ser filmada várias vezes, o diretor filmava um cenário, rebobinava o filme e depois gravava as cenas do autor em cima do que já estava no fotograma

Continua após a publicidade

1925 – Marionetes jurássicas

O filme O Mundo Perdido misturou persinagens de verdade com marionetes e animações. Para contar a bistória de uma expedição que descobre dinossauros em plena selvaamazônica, os produtores criaram 49 monstros pré-históricos com armações de madeira e controlados por fios de borracha. O sucesso foi imediato

1927 – Ilusão de ótica

Na Alemanha, os diretores de fotografia Karl Freund e Eugen Schüffan começaram a estudar uma maneira de criar efeitos ópticos que dessem a idéia de distância ou grandeza. O resultado mais bem acabado é o clássico Metrópolis, em que câmeras com lentes especiais transformam as maquetes do cenário em um ambiente muito mais realista

1933 – Primata primoroso

Lançado com estardalhaço, a saga do gorilão King Kong entrou para a história por reunir o melhor dos efeitos especiais inventados até então. Tem de tudo: animação, maquetes e bonecos interagindo de maneira surpreendente. O próprio Kong, que na tela parece um primata gigantesco, era na verdade um boneco articulado de 45 centímetros

Continua após a publicidade

1953 – Real e virtual

O filme O Mostro do Mar usou a técnica da tela dividida para aperfeiçoar a sobreposição de imagens. O diretor dividia o quadro da câmera e cobria um lado com uma máscara negra. Primeiro, filmava os atores. Depois, voltava o filme, cobria o lado dos atores e filmava na outra metade os monstros. A impressão era que tudo tinha sido filmado ao mesmo tempo

1977 – Ficção computadorizada

Para mostar seu cultuado Guerra nas Estrelas, o diretor George Lucas precisou unir a animação quadro a quadro, o blue screen – quando os atores representam na frente de um fundo azul e i cenário é inserido depois – e o computador, que começa a aparecer no cinema naquela época. O trabalho atrasou o lançamento do filme em cinco meses, mas valeu a espera

1993 – Dinos realistas

Uma das grandes evolução na história de efeitos especiais veio com Parque dos Dinossauros. Para recriar com realismo os monstros pré-históricos, o diretor Steven Spielberg usou animações em computador por um sistema hidráulico e impulsos elétricos que alteravam as expressões faciais dos bichos

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.