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Como as sete Maravilhas da Antiguidade foram construídas

Veja como elas nasceram, encantaram e morreram

Por Felipe van Deursen
Atualizado em 22 fev 2024, 10h12 - Publicado em 20 jun 2017, 18h26

ILUSTRA Alexandre Jubran
EDIÇÃO Felipe van Deursen

Só uma delas ainda está de pé. Das outras seis, restam lendas, relatos e descobertas que aos poucos a ciência revela. E essas evidências explicam por que as Maravilhas do Mundo Antigo continuam nos fascinando

 

A Grande Pirâmide de Gizé (2550 a.C.- hoje)

Tempo que está de pé – 4,5 mil anos
Onde fica – Platô de Gizé, Egito
Que na época era – Uma área rochosa desabitada, ideal para grandes estruturas maciças

(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

1. QUARTO DO FARAÓ
A câmara do rei fica praticamente no meio da pirâmide. No teto, há nove blocos de granito de cerca de 40 toneladas cada um e áreas de alívio que distribuem o peso e evitam o desabamento. Apesar de medidas de segurança, como pedregulhos e portas pesadas, a múmia não estava mais lá quando o local foi explorado, séculos depois. O tesouro também foi violado

2. TÚMULO OSTENTAÇÃO
O faraó Khufu, mais conhecido por seu nome grego, Quéops, governou o Egito no século 26 a.C. e decidiu fazer uma enorme pirâmide para seu túmulo. A iniciativa logo virou moda dos faraós. Khafre (ou Quéfren), filho de Khufu, também fez a sua, assim como Menkaure (Miquerinos). Mas só a de Khufu está na lista das Maravilhas

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3. CÂMARAS SECRETAS
O interior da pirâmide não é inteiramente conhecido, pois os cientistas precisariam explodir alguns pedaços para ver se há outras salas. O que se sabe é que lá estão a câmara do rei, da rainha e uma subterrânea, além de uma grande galeria e de poços de ventilação alinhados com a constelação de Orion, para que o faraó subisse ao céu

4. OFUSCADORA
A parte externa foi revestida de calcário brilhante, extraído de uma pedreira. Há indícios de que a ponta tinha folhas de ouro. O reflexo fazia a construção ser vista a quilômetros de distância. Ao lado dela, três pequenas pirâmides eram, provavelmente, dedicadas às esposas do faraó

5. PEDREIRAGEM
Algo entre 20 mil e 100 mil trabalhadores, pagos com comida e uma espécie de cerveja, ergueram a pirâmide em um terreno previamente aplainado. Eles retiraram cerca de 3 milhões de metros cúbicos de rocha para talhar os blocos. Os operários levaram os blocos com cordas e troncos de madeira por uma rampa. Mas os cientistas divergem sobre como seriam essas estruturas (veja na ilustra acima)

Que fim levou
O revestimento brilhante da única Maravilha da Antiguidade ainda de pé foi saqueado. Hoje, Gizé fica na periferia do Cairo, a segunda maior metrópole da África, com 7 milhões de habitantes

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Jardins Suspensos da Babilônia (~600 a.C.-?)

Tempo que ficou de pé – Desconhecido
Onde ficava – Babilônia, no atual Iraque
Que na época era – Capital do poderoso império da Babilônia

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(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

1. UMA POTÊNCIA
Durante seu reinado, de 605 a 562 a.C., Nabucodonosor 2º transformou a Babilônia na maior metrópole do mundo. Às margens do rio Eufrates, ela foi um dos principais centros arquitetônicos e religiosos da história. Mas não durou muito. Em 539 a.C., os persas conquistaram a Babilônia, que entrou em decadência

2. BALELA?
Primeiramente, não se sabe se essa Maravilha de fato existiu. Registros históricos e descobertas arqueológicas mostram que a Babilônia era uma cidade esplendorosa e que obras semelhantes existiram na região. Mas a imagem que temos hoje é uma reconstrução baseada em relatos e especulação

3. Ó ABRE-ALAS
Uma imponente muralha circundava a cidade e protegia seus palácios e templos, como o zigurato de Marduk, com 91 m de altura, que teria servido de inspiração para a Torre de Babel. Uma entrada principal, a Porta de Ishtar, com 12 m de altura, recebia os visitantes com 575 imagens de dragões e touros

4. MORADIA POPULAR
Provavelmente, casas de teto chato serviam de residência de soldados e trabalhadores dos Jardins. As ruínas desses lares foram localizadas em escavações e, assim como outros restos da Babilônia, podiam ser vistas de um palácio do ex-ditador iraquiano Saddam Husseim

5. PAISAGISMO DE PRIMEIRA
Os Jardins seriam um presente à rainha Amytis para que ela se lembrasse de sua verdejante terra natal, no atual Irã. Os monarcas comiam muitas frutas cultivadas ali, sob as sombras de ciprestes, cedros, carvalhos, salgueiros e palmeiras. Especialistas citam essas plantas, pois eram as que existiam nos jardins do rei assírio Assurnasirpal 2º, em Nimrud, também localizada na Mesopotâmia

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6. TROPICÁLIA
Um sistema de canais levava a água do Eufrates a todos os pisos dos Jardins. A água corrente criava uma atmosfera refrescante, além de servir, claro, para regar as plantas do complexo. Escravos ficavam constantemente atarefados com a rotina de capinar, podar, regar e plantar

7. CONTROLE DE UMIDADE
A muralha e as principais construções da cidade eram de tijolos de argila, com detalhes em azul. Esses materiais teriam sido usados nos Jardins Suspensos, que provavelmente tinham um sistema de impermeabilização com junco e camadas de piche e chumbo

Que fim levou
Escavações no começo do século 20 em Hillah, no Iraque, revelaram as ruínas da Babilônia, mas sem sinal dos Jardins. Tesouros da cidade, como a Porta de Ishtar, estão no Museu Pergamon, em Berlim, Alemanha

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Estátua de Zeus (443 a.C.-462 d.C.)

Tempo que ficou de pé – 905 anos
Onde ficava – Olímpia, na atual Grécia
Que na época era – Um complexo religioso e esportivo onde se realizavam as Olimpíadas da Antiguidade

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(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

1. SEDE OLÍMPICA
Olímpia era sagrada para os gregos. A cada quatro anos, atletas se reuniam lá para as Olimpíadas, uma mistura de competição esportiva, culto religioso e outras festividades. O Templo de Zeus era o prédio mais suntuoso, mas faltava uma estátua à altura. Então, o governante Péricles a encomendou ao famoso escultor Fídias

2. SENTADÃO
O trono era cheio de detalhes impressionantes. Com esfinges nos braços e leões nos pés, ele era de cedro adornado com ouro, ébano, marfim e pedras preciosas. A estátua era tão grande que, como cronistas da época diziam, Zeus só poderia ficar sentado. Caso levantasse, destruiria o teto com a cabeça

3. ÁREA VIP
Lá dentro, uma suposta escada em espiral levava pessoas importantes a uma galeria lateral na altura da cabeça de Zeus. Quem estivesse nesse camarote poderia vislumbrar de frente a águia de ouro no topo do cetro, que significava o poder supremo do deus

4. PARA TODOS
O templo, feito de calcário da região e telhas de mármore, ficou pronto cerca de 13 anos antes da estátua. Ele tinha 13 colunas de cada lado e seis na frente e atrás, mas nada de porta, para que todos pudessem ver a estátua desde a praça localizada em frente

5. PRESENTES DE GREGOS
Peregrinos de toda a Grécia veneravam Zeus em Olímpia. Alguns faziam oferendas, como uma cortina de lã com bordados assírios levada pelo rei selêucida (na atual Síria) Antíoco 4º. Atletas deixavam oferendas para pedir vitórias, mas só os sacerdotes podiam se aproximar da estátua

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6. PURO LUXO
Fídias não brincou em serviço. Levou oito anos e muitos materiais caros para concluir a obra. Além de transferir sua oficina de Atenas para trabalhar mais perto dela, o artista implementou uma nova técnica: fez uma estrutura de madeira e a cobriu com placas de marfim e de ouro

Que fim levou
Em cerca de 40 d.C., o imperador romano Calígula tentou roubar a estátua, mas seus homens não conseguiram. Em 394, com o fim da era olímpica, Olímpia foi abandonada e a estátua foi transferida para Constantinopla, onde acabou destruída em um incêndio em 462

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Templo de Ártemis (356 a.C.-262 d.C.)

Tempo que ficou de pé – 618 anos
Onde ficava – Éfeso, na atual Turquia
Que na época era – Um importante centro religioso grego

(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

1. MONTA E DESMONTA
Com 200 mil habitantes, a rica Éfeso era uma grande metrópole na época, com séculos de tradição religiosa. Em 850 a.C., um templo foi erguido em honra a Cibele, deusa da fertilidade da Frígia (região turca) e uma espécie de antecessora de Ártemis. Esse templo foi construído e destruído pelo menos sete vezes

2. BELEZA EXTERIOR
Frisos na frente do templo encantavam os visitantes. A parte acima das colunas, chamada arquitrave, mostrava figuras diversas. No alto, na área denominada pedimento, amazonas armadas pareciam querer entrar no templo através das portas pintadas. Ao centro, uma estátua do rosto da Medusa era o toque final

3. CULTO À DEUSA
A estátua gigante de Ártemis dominava o interior do templo. Com 15 m de altura, era de ouro, prata e ébano e tinha muitos seios, sinal de fertilidade. A estátua original foi provavelmente destruída, mas ainda há versões menores. É possível que o templo tivesse uma parte aberta em direção ao céu

4. ROMARIA POLITEÍSTA
O pátio em frente fervilhava. Mercadores vendiam miniaturas do templo e da estátua (como se faz em pontos turísticos de hoje) e fiéis peregrinavam de diversos lugares para fazer oferendas a Ártemis. Metais, roupas, joias e estátuas eram presentes comuns

5. LAVOU, TÁ NOVO
Em 356 a.C., Herostratus, um morador da cidade, ateou fogo no prédio. O arquiteto grego Cherisphron projetou o novo templo com uma “floresta de colunas”: cada uma montada com até 12 cilindros, que foram transportados em carroças e erguidos com alavancas e molinetes

6. COLUNÁVEL
As colunas, de estilo jônico, ficavam mais estreitas à medida que subiam, o que as tornaria mais bonitas de se ver. Pedreiros talhavam sulcos na pedra e escultores faziam temas da mitologia grega nas bases. Por fim, pintores coloriam essas cenas com pigmentos vegetais e minerais

Que fim levou
Em 262, os godos, um dos povos que derrubariam o Império Romano, destruíram o templo, cujos escombros ficaram soterrados por séculos até uma expedição arqueológica redescobri-los, em 1870. Restos da obra estão hoje no Museu Britânico, em Londres, Reino Unido

 

Mausoléu em Halicarnasso (350 a.C.-1522 d.C.)

Tempo que ficou de pé – 1.872 anos
Onde ficava – Halicarnasso, atual Bodrum, Turquia
Que na época era – A recém-construída capital da Cária, reino integrante do Império Persa

(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

1. MORTO SEM-TETO
Rei da Cária, Mausolo ergueu uma nova capital às margens do Mar Egeu, com palácio, templos e uma muralha de 7 km. Ele encomendou um túmulo ao arquiteto Pytheos, que se inspirou em sua Grécia natal para a obra. Mas, Mausolo morreu sem vê-la pronta, em 353 a.C.

2. QUASE UMA ANIMAÇÃO
Duas faixas de frisos davam o colorido da obra. A inferior continha gregos lutando com amazonas. Na superior, na base da pirâmide, havia uma corrida de carruagens, representando, provavelmente, um dos eventos realizados no funeral de Mausolo

3. CARRUAGEM CELESTE
Artemísia, esposa e sucessora de Mausolo, seguiu com a obra, mas morreu pouco depois. Os operários decidiram finalizá-la, pois tinham certeza de que o Mausoléu seria único. Ele ficou pronto por volta de 350 a.C. e tinha, no topo, uma quadriga conduzida, possivelmente, por Mausolo

4. FEIRÃO DE ESCULTURAS
Cada conjunto de estátuas representava algo. O primeiro piso era uma batalha entre gregos e inimigos. No segundo, pessoas em trajes gregos com uma vez e meia o tamanho real. No terceiro, uma caça a ursos, veados e panteras. Acima, entre as colunas, as estátuas tinham duas vezes o tamanho de um homem

5. EXÉRCITO DE PEDRA
A construção envolveu diversos escultores, que esculpiram guerreiros, cavaleiros e batalhas em blocos únicos de mármore. Em seguida, trabalhadores especializados faziam acabamentos em bronze, enquanto outros erguiam as peças já prontas e as instalavam na fachada do Mausoléu, usando, provavelmente, roldanas – uma novidade tecnológica da época

6. MORADA FINAL ESBANJADORA
Mausolo foi cremado, e suas cinzas foram depositadas em uma tumba subterrânea lacrada. Mas, ao longo dos séculos, a câmara mortuária foi violada e ladrões levaram quase todo o tesouro, com exceção de adereços de ouro

Que fim levou
No século 15, cavaleiros cruzados dominaram Halicarnasso. Em 1494, eles começaram a reforçar seu castelo (que está de pé até hoje) com as pedras do Mausoléu. Em 1522, os cruzados o demoliram por completo. Hoje, há restos da obra em um museu em Bodrum e no Museu Britânico, em Londres

  •  A obra foi tão importante que originou a palavra “mausoléu” para grandes túmulos

 

Colosso de Rodes (282 a.C.-226 a.C.)


Tempo que ficou de pé – 57 anos
Onde ficava – Rodes, uma ilha grega
Que na época era – Um importante centro comercial e cultural do império de Alexandre, o Grande
 

(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

HÁ CONTROVÉRSIAS
O Colosso é a menos conhecida das Maravilhas. Só três cronistas deixaram relatos – inconclusivos. Não se sabe direito a aparência nem a localização da estátua. A famosa posição de pernas abertas, que abria passagem aos barcos, é descreditada, pois a estrutura não teria sustentação e as obras bloqueariam o acesso ao porto, essencial à economia local

TROFÉU DE RESISTÊNCIA
Rodes estava no meio do caos em que o império mergulhou com a morte de Alexandre, em 323 a.C. Seus generais, como Antígono e Ptolomeu, guerrearam entre si. Em 304 a.C., Demétrio, filho de Antígono, liderou um cerco à ilha. Com a ajuda de Ptolomeu, rei do Egito, Rodes expulsou os invasores, que deixaram para trás equipamentos militares. Para celebrar a vitória, os habitantes venderam o material para construir uma estátua na capital da ilha

ESTÁTUA SOLAR
Hélio, deus do Sol e protetor de Rodes, seria o homenageado. O escultor Chares, de Lindos, uma cidade da ilha, foi incumbido da tarefa, que começou em 294 a.C. e durou 12 anos. A estátua teria sido erguida no porto da capital. Mas, nas últimas décadas, estudos questionaram a localização. Um deles afirmou que o Colosso ficava em uma colina

1. DEUS DE MUITAS FACES
A cabeça teria raios solares, como a maioria das moedas da época ilustravam Hélio. Mas algumas também o retratavam sem os raios, então é possível que não houvesse nada na cabeça. Algumas versões ilustram o Colosso nu, usando capa ou tanga. Ele estaria erguendo uma tocha ou então com a mão na testa, como se olhasse o horizonte

2. PARA O ALTO E AVANTE
A estátua erguia-se sobre um pedestal de mármore de 18 m de diâmetro e 3 m de altura, que seria octogonal ou circular. Os operários construíram o Colosso de baixo para cima, como se fosse uma casa, e não em partes separadas para depois encaixá-las, o que era comum em obras do tipo

3. NÚCLEO DURO
Um esqueleto formado por colunas de pedra e vigas de ferro dava sustentação. O interior tinha também barras diagonais que reforçavam a barriga. Tudo para aguentar seus prováveis 33 m de altura – algo inigualável na Grécia daquele tempo.

4. MONTANHA DE ENTULHO
Como a Maravilha foi feita por seções, com placas de bronze de vários tamanhos que se encaixavam nas armações de ferro, os operários ergueram montes de terra para facilitar o trabalho. A obra teria consumido 13 toneladas de bronze e 7 de ferro

5. No século 19, o Colosso inspirou a construção de uma famosa estátua em Nova York…

VIDA NOVA
Em 2015, um escritório de arquitetura anunciou que pretende construir uma nova versão do Colosso. Ao custo de 250 milhões de euros, a obra será revestida de painéis de energia solar e terá cafés, lojas, museu e biblioteca. O novo ponto turístico será bem maior que o original: 150 m de altura

Que fim levou
Em 226 a.C., um terremoto pôs a imponente estátua de Chares no chão. Os restos permaneceram largados no porto por oito séculos. Em 654, Rodes não resistiu a uma nova invasão. Dessa vez, os árabes pilharam os pedaços de bronze do Colosso. Os restos da estátua teriam sido levados ao Oriente Médio por 900 camelos

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Farol de Alexandria (séc. 3 a.C.-1323)

Tempo que ficou de pé – Aproximadamente 1.600 anos
Onde ficava – Alexandria, hoje a segunda maior metrópole egípcia
Que na época era – A primeira de uma série de cidades homônimas fundadas por Alexandre, o Grande

(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

1. METRÓPOLE MILENAR
Alexandria foi fundada no delta do rio Nilo, em frente à ilha Pharos. Tornou-se uma cidade de 1 milhão de habitantes, com ruas planejadas e alinhadas com colunas e prédios magníficos, incluindo a famosa Biblioteca de Alexandria (destruída em um incêndio em 391). Devido à importância da cidade, seu porto era bem movimentado. Para auxiliar os navegantes, o rei Ptolomeu 1º, aquele que lutou em Rodes, ordenou a criação de uma estrutura iluminada em Pharos (daí vem o nome “Farol”)

2. FÁBRICA DE LUZ
Cavalos puxavam carroças com combustível e suprimentos. Eles subiam as duas primeiras partes da torre por uma rampa espiral. Na seção mais alta, um sistema de roldanas levava o combustível à câmara da fogueira

3. BRILHO ETERNO
A luz do Farol era uma enorme fogueira, que consumia madeira em grandes quantidades. Placas de bronze polido faziam as vezes de espelho e refletiam as chamas, auxiliando viajantes noturnos. A câmara da fogueira não tinha paredes, o que permitia a circulação de ar. O alcance do Farol, segundo relatos da época, era de mais de 50 km

4. TORRE GEOMÉTRICA
A obra é comumente atribuída ao arquiteto Sostratus de Cnidus e foi inaugurada em cerca de 280 a.C., já sob o reinado de Ptolomeu 2º. O prédio se dividia em seções geométricas. A base era quadrada e a torre tinha três partes: a baixa era retangular, a do meio, octogonal e o topo, provavelmente, cilíndrico

5. MUITA OUSADIA
O Farol era de granito revestido de mármore e calcário. Chumbo derretido unia os blocos e os deixava mais resistentes à força das ondas. Ele era tão importante que serviu de protótipo para outras construções do tipo. A altura impressionava até para padrões atuais: era mais alto que o maior farol do mundo atualmente, em Jeddah, na Arábia Saudita

6. FORTALEZA
O Farol era uma pequena cidade. Havia abrigos para soldados e cavalariços, estrebarias para os animais, quartel, 67 salas na torre e até um observatório astronômico. Para completar, um aqueduto trazia água potável de Alexandria e abastecia um reservatório localizado abaixo do Farol

Que fim levou
Terremotos abalaram as estruturas do Farol em 956 e 1303, até que ele caiu de vez em um novo tremor, em 1323. Em 1480, Qait Bey, sultão do Egito, teria usado rochas dos escombros para construir um forte no mesmo local. A fortaleza continua de pé. Outros restos do Farol estão submersos e podem ser visitados

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CONSULTORIA Alessandro Mortaio Gregori, historiador e arqueólogo pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, e Julio Gralha, egiptólogo da UFRJ
FONTES Livros As Sete Maravilhas do Mundo Antigo, de Peter A. Clayton e Martin J. Price, As Grandes Maravilhas do Mundo, de Russell Ash, e O Grande Livro da História Ilustrada

 

 

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