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Como eram os golpes em uma batalha entre cavaleiros medievais?

O quebra-pau tinha golpes bem variados (e sujos). Mestres de combate como Hans Talhoffer e Fiore Dei Liberi elaboraram livros explicando as técnicas

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h31 - Publicado em 15 dez 2015, 18h07
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ILUSTRASÉber Evangelista

O quebra-pau tinha golpes bem variados (e sujos). Mestres de combate como Hans Talhoffer e Fiore Dei Liberi elaboraram livros explicando as técnicas mais práticas e eficazes. Mas nem tudo se resumia a força física e lâmina afiada: o cavaleiro também tinha que ter perfeito entendimento do campo de batalha e de seu posicionamento. O treinamento começava quando o nobre atingia a adolescência e incluía aulas de comportamento social, boas maneiras, caça a pé e a cavalo, caça com cães, falcoaria e combate desarmado e armado com uma variedade de armas. Veja algumas lições:

1. VISÃO DE CAMPO E DISTÂNCIA

Em uma batalha aberta, o oponente podia vir de qualquer direção. Por isso, cavaleiros eram treinados para desferir ataques sem fixar a atenção na vítima ou em sua própria arma. Eles também aprendiam a manter a distância correta em relação aos inimigos e a decidir rapidamente qual a arma certa exigida nesse caso. A agilidade na troca entre as opções do arsenal era essencial para lhe dar vantagem

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2. GUARDA E SWING

O treinamento focava bastante na guarda – a posição inicial da espada. Era um meio-termo que protegia o corpo e, ao mesmo tempo, permitia o ataque rápido. Na hora do golpe, nunca se movimentava a arma de cima para baixo: se o cavaleiro a erguesse acima da cabeça, expunha as axilas. O certo era da esquerda para a direita ou vice-versa. Mesmo sem a ajuda da gravidade, o swing ainda tinha muita força

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3. IMPULSO CRUZADO

É o movimento mais comum nos filmes: o encontro das armas entre os oponentes, travando-as. A solução? Qualquer golpe a curta distância, como socos, batidas com as empunhaduras, cotoveladas ou empurrões. Se o oponente perdesse o equilíbrio e caísse, estaria praticamente condenado: enquanto tentasse se erguer, haveria tempo de sobra (e ângulo favorável) para finalizá-lo com um ataque

4. GOLPE COM O CABO

Obviamente, a espada foi criada para cortar e espetar. Mas os guerreiros também atacavam usando o extremo da empunhadura ou as pontas da guarda. Por exemplo: após transfixar o inimigo com a lâmina, era comum o cavaleiro pegar a espada ao contrário eatingir a cabeça do perdedor com o cabo. Assim, caso ele não morresse, permaneceria desmaiado no chão

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5. PUXÃO COM O CABO

A pegada invertida, pela lâmina, também permitia outra manobra bem espertinha. Bastava “engatar” o cabo no oponente e puxá-lo para perto,eusar uma arma na outra mão para desferir a apunhalada fatal em algum ponto vulnerável. Outra maneira de trazer o oponente era enganchar o quillon na arma dele. Também era possível executar essa manobra com a stiletto ou a espada

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FONTESLivrosMedieval Warfare, A History, de Maurice Keen,Warfare in the Medieval World, de Brian Todd Carey, Joshua B. Alfree e John Cairns,Blood Red Roses – The Archeology of a Mass Grave from the Battle of Towton 1461, de Veronic Fiorato, Anthea Boylston e Christopher Knusel,Swords – A Visual History, de Chris McNabb,Weapon – A Visual History of Arms and Armour, de Richard Holmes,eSoldiers – A Visual History of the Fighting Man, de R.G. Grant

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