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Como foi a Batalha de Agincourt, na Guerra dos Cem Anos?

O exército do rei inglês Henrique 5º contava com apenas 6 mil soldados exaustos. O bloco francês era bem maior: entre 20 e 30 mil soldados

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h31 - Publicado em 16 dez 2015, 17h47
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ILUSTRAÉber Evangelista

Não se deixe enganar pelo caos: os confrontos medievais seguiam táticas complexas. Por mais armado que estivesse um cavaleiro, ele tinha mais chance se integrasse um batalhão com uma boa estratégia. Um bom exemplo foi a batalha de Agincourt, parte da Guerra dos Cem Anos (1337-1453). O exército do rei inglês Henrique 5º contava com apenas 6 mil soldados exaustos e ainda estava em território inimigo – a região francesa de Pais-de-Calais. O bloco francês era bem maior: entre 20 e 30 mil soldados. Mas choveu naquela fatídica data de 25 de outubro de 1415, e Henrique soube usar o terreno enlameado (e a floresta ao redor) a seu favor:

1. Com a cavalaria pesada desmontada no centro, Henrique avançou no campo até o ponto em que seus arqueiros longos, nas laterais, já poderiam alcançar os rivais com suas flechas. A floresta os protegia nos flancos (laterais) e as estacas fincadas no solo os defendiam de um ataque frontal de cavalaria. O rei, então, autorizou os disparos

2. Os franceses tentaram avançar uma linha com arqueiros comuns e soldados armados com bestas, mas se tornaram um alvo fácil para os arqueiros longos ingleses. Tiveram de recuar e deram espaço à infantaria e à cavalaria pesada, que tentaram invadir pelos flancos. Mas suas armaduras pesadas dificultaram o avanço na lama

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3. Com suas formações destroçadas pelos arqueiros ingleses, a França mudou de tática e investiu contra o centro da linha rival, mas manteve uma linha de reserva logo atrás. Não teve muito sucesso: os tiros, a lama e a pilha de corpos entre os dois exércitos atrapalharam a progressão, praticamente neutralizando a vantagem numérica francesa

4. Com espaço limitado e terreno instável, os franceses não conseguiram retomar uma formação coesa. Henrique 5º então ordenou aos arqueiros que partissem para o corpo a corpo, com espadas e machados. Foi um massacre: o centro inglês prosseguiu com força, capturando ou matando milhares de inimigos. A cavalaria francesa em reserva só observou

5. Enquanto os ingleses criavam um ponto para soldados capturados, milicianos rivais atacaram seu acampamento. Temendo uma investida pela retaguarda, Henrique mandou que os prisioneiros fossem mortos, mas só parte de seus soldados obedeceu. No fim, os cavaleiros franceses em reserva não atacaram e a Inglaterra saiu vitoriosa

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Resultado final

INGLESES:Venceram perdendo apenas cerca de 400 soldados

FRANCESES:Tiveram entre 3 mil e 5 mil mortos (incluindo três duques, seis condes e mais de 90 nobres)

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ESSA REPORTAGEM FAZ PARTE DA MATÉRIASANGUE, SUOR E LAMA. CONFIRA AS OUTRAS PARTES:

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FONTESLivrosMedieval Warfare, A History, de Maurice Keen,Warfare in the Medieval World, de Brian Todd Carey, Joshua B. Alfree e John Cairns,Blood Red Roses – The Archeology of a Mass Grave from the Battle of Towton 1461, de Veronic Fiorato, Anthea Boylston e Christopher Knusel,Swords – A Visual History, de Chris McNabb,Weapon – A Visual History of Arms and Armour, de Richard Holmes,eSoldiers – A Visual History of the Fighting Man, de R.G. Grant

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