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Como surgiu o Império Romano?

Da ascensão ao declínio, o império teve uma longa história.

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 22 fev 2024, 10h21 - Publicado em 19 out 2016, 16h29

A cidade de Roma passou por diversas fases que culminaram na ascensão do Império Romano. Abaixo conheça alguns dos principais eventos históricos.

ASSENTAMENTO DAS BASESAssentamento das bases

O maior império da história começou por volta do século 8 a.C., na região do rio Tibre, a partir de pequenos assentamentos latinos que, sob influência de povos vizinhos, se tornaram cidades, dando início a um regime monárquico. A história e a lenda – de que uma loba amamentou os gêmeos Rômulo e Remo – se unem quando, em 753 a.C., Rômulo (um personagem real), considerado o primeiro soberano romano, fundou a cidade de Roma.

CRIAÇÃO DA REPÚBLICACriação da república

Amparado na insatisfação popular, em virtude do rigor excessivo das leis e da alta carga de impostos, o Senado – à época, um corpo de conselheiros – iniciou um movimento rebelde contra a monarquia. Após manobras políticas, em 509 a.C. os senadores destronaram o rei Tarquínio, o Soberbo, que tencionava diminuir o poder do conselho. Começa a república, sob a direção do primeiro cônsul de Roma, Lúcio Bruto.

INÍCIO DA EXPANSÃO

O gigantesco cerco à cidade fenícia de Cartago, maior inimiga de Roma à época, encerrou de forma arrasadora o movimento de resistência da única civilização que fez frente ao apetite expansionista dos romanos. A partir da queda de sua maior rival, em 146 a.C., a voracidade romana por territórios não encontraria obstáculos à altura de seu descomunal poderio militar.

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Início da expansão

1. Sob o comando de Cipião Emiliano, em 149 a.C. legiões romanas cercam Cartago e iniciam um bloqueio por terra e mar

2. Na primavera de 146 a.C., enfraquecida, Cartago cai com a investida final dos romanos

CRISE NA REPÚBLICACrise da república

Com a anexação de províncias, a riqueza de Roma cresceu e, com ela, as desigualdades sociais. Um dos fatores para o enfraquecimento da república foi a crise provocada pelo assassinato do tribuno Tibério Graco, em 133 a.C., pelos senadores romanos – Graco era o encarregado de defender os interesses do povo no Senado. Uma revolta de mais de 100 mil escravos, liderados pelo gladiador Spartacus, também desestabilizou o regime.

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JÚLIO CÉSAR CHEGA AO PODER

No ano 60 a.C., César fez uma aliança (chamada de Triunvirato) com os generais Marco Crasso e Pompeu Magno – dois homens de grande riqueza e influência política – para juntos controlarem a república. Nomeado cônsul, César fez uma campanha arrasadora contra os celtas e os germânicos das províncias da Gália (atual França), aumentando seu poder. Após a morte de Crasso, César venceu a disputa com Pompeu e, em 44 a.C., declarou-se ditador.

Júlio César chega ao poder

1. A conquista da Gália começa em 58 a.C. com a derrota dos helvéticos, tribo celta, e de uma tribo germânica

2. Nos anos 55-54 a.C., César invade a Bretanha e domina os territórios germânicos

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3. O desfecho se dá em 52 a.C., com o cerco à cidadela de Alésia. César derrota Vercingétorix, líder dos gauleses

O ÁPICE DO IMPÉRIOO ápice do império

Em 31 a.C., César Augusto, filho adotivo de César (morto por conspiradores ainda em 44 a.C.), foi nomeado o primeiro imperador de Roma. O ápice do império, contudo, ainda estava por vir. Como diz o próprio cognome, o governo de Trajano, o Conquistador, foi marcado por diversas e bem-sucedidas campanhas militares. No ano 117, suas vitórias levaram Roma a sua maior extensão territorial, com quase 50 milhões de pessoas vivendo em terras sob seu comando.

GIGANTE REPARTIDOGigante repartido

Numa tentativa de resolver problemas administrativos e militares do imenso império, no ano 286 o soberano Diocleciano o repartiu em dois. Mantendo o posto de imperador soberano, Diocleciano ficou no comando do lado oriental, deixando o general Maximiliano como líder do reino ocidental. Mais tarde, em 330, após uma série de guerras civis, Constantino I transferiu a sede do império para a cidade de Constantinopla (onde hoje fica Istambul, na Turquia).

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DECLÍNIO E QUEDA

Os povos bárbaros, sobretudo os visigodos, foram os protagonistas da queda do Império Romano do Ocidente: gradualmente, eles ocuparam os territórios romanos, culminando com a deposição do último imperador, Rômulo Augusto, no ano 476. Após a ruína ocidental, restou o reino oriental, sediado em Constantinopla. O Império Romano do Oriente – mais tarde conhecido como Império Bizantino – caiu em 1453, com a tomada de Constantinopla pelos turco-otomanos.

Declínio e queda

1. Em 376, após cruzar o rio Danúbio, os visigodos invadem territórios romanos

2. Em 410 os bárbaros avançam pela Itália e saqueiam a cidade de Roma

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3. Em 476, o Império Romano do Ocidente cai com a deposição do último imperador, Rômulo Augusto

E COMO O IMPÉRIO QUASE NEM EXISTIU

Por pouco, o cartaginês Aníbal não aniquilou o ainda embrionário Império Romano

Estrategista brilhante, o general Aníbal Barca conduziu uma operação que quase deu cabo dos romanos, então uma república. Incapaz de vencer pelo mar, Aníbal bolou uma tática genial: dar a volta pelos Pireneus e pelos Alpes e pegar os rivais por trás. Venceu várias batalhas e, por pouco, não atingiu seu objetivo – foi vencido em 202 a.C., ao voltar para proteger Cartago de um ataque. Veja os destaques da campanha de Aníbal.

E como o império quase nem existiu

Triunfo esmagador – Na batalha de Canas (216 a.C.), maior vitória de Aníbal, seu exército simula um recuo e cerca as legiões romanas, que são dizimadas
Dose de elefante – Com a ajuda de elefantes, Aníbal supera as montanhas dos Pireneus e dos Alpes e pega os rivais de surpresa, por trás
Ataque fantasma – Em 217 a.C., Aníbal bola uma emboscada junto ao lago Trasimero: camufla sua tropa em vales encobertos pela névoa e arrasa o inimigo

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