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A inescapável prisão de Alcatraz

Em 1934, Alcatraz virou uma penitenciária de segurança máxima, recebendo os bandidos mais violentos dos EUA

Por Roberto Navarro
Atualizado em 14 fev 2020, 17h51 - Publicado em 18 abr 2011, 18h47

Três fatores garantiam essa justificada fama: a localização do presídio, suas rígidas regras disciplinares e a grande quantidade de guardas. “Alcatraz é uma ilha rodeada por águas muito frias e fortes correntes marítimas – isso dificultava as fugas. Mas mais importante era o número de guardas, numa proporção muito maior que a de outras prisões. Havia em média um guarda para cada sete detentos”, afirma o americano Craig Glassner, encarregado da ilha de Alcatraz no Serviço de Parques Nacionais dos Estados Unidos.

A prisão funcionava na ilha situada na baía de São Francisco, na Califórnia, a 2 km da costa. Veja abaixo.

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A história dessa fortaleza mitológica ganhou força em 1934, ano em que Alcatraz virou uma penitenciária de segurança máxima, recebendo os bandidos mais violentos dos Estados Unidos. Tanta segurança tinha um alto preço: um preso mantido lá custava até três vezes mais que em outras prisões federais. Por causa disso, o governo americano decidiu encerrar as atividades da prisão de Alcatraz na década de 1960 – os últimos prisioneiros deixaram a ilha em 1963. Em 1972, a ilha foi transformada em ponto turístico, recebendo 1 milhão de visitantes por ano. Nos quase 30 anos em que a prisão funcionou, 34 presidiários tentaram fugir de lá. Oficialmente, ninguém conseguiu.

Missão impossível

Poderosas correntes marítimas e vigilância super-reforçada inibiam ao máximo as tentativas de fuga

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1) BIG BROTHER
Seis torres de vigia, feitas de aço e vidro à prova de balas, foram instaladas em pontos estratégicos da ilha. De lá, guardas armados controlavam 24 horas por dia o movimento de Alcatraz. Para não distrair sua atenção, eles eram proibidos de ler ou ouvir rádio em serviço

2) RECREIO SEMANAL
Nos fins de semana e feriados, presos com bom comportamento frequentavam um pátio de cimento cercado por paredes de quase 6 metros de altura e arame farpado. Lá, eles passavam várias horas jogando damas, dominó ou esportes, como beisebol ou basquete

3) VIVA O TRAMPO!
Trabalhar era um privilégio para os presos com bom comportamento – quem não trabalhava passava o dia inteiro trancado na sua cela, saindo só para as refeições. Boa parte do trampo rolava na lavanderia, onde os presidiários lavavam roupas da prisão e de militares

4) DANDO A LUZ
Nesse prédio ficava a usina de força, que usava óleo para gerar eletricidade e acionar caldeiras. Nesse local também funcionavam as bombas que retiravam água do mar para combater incêndios e acionar a descarga dos banheiros

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5) NA TRANCA
Cada cela comum media 3 m de comprimento por 1,5 m de largura. Em seu interior, a cela tinha uma pia com água corrente (e fria), uma privada e uma pequena cama. O sistema de trancas eletrônicas era acionado pelos guardas

7) BURACO NEGRO
Presos brigões iam para as 42 celas solitárias do bloco D. Uma delas ganhou o apelido de “cela dos pelados”. Toda de aço, sem pia ou privada (o toalete era um buraco), ela recebia presos nus por um ou dois dias, num ambiente frio e escuro

6) ATRÁS DA MURALHA
As celas comuns concentravam-se nos dois andares dos blocos B e C. Essa área tinha 336 celas com capacidade para um homem cada. Mas elas nunca ficaram lotadas: o número de detentos em Alcatraz ficava em torno de 250 homens

8) NA MIRA DOS TIRAS
Guardas que trabalhavam com os presos não carregavam armas para evitar que elas caíssem em poder dos detentos. Mas nas extremidades do prédio principal havia galerias elevadas com policiais armados que podiam abrir fogo numa emergência

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9) MENU CAPRICHADO
O refeitório era um setor superperigoso, pois os presos podiam usar talheres como armas. Para conter distúrbios, lançadores de gás lacrimogêneo foram instalados no teto do salão. O cardápio era bem variado para evitar rebeliões

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