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Como foi o festival de Woodstock?

Mais de 400 mil pessoas invadiram a cidade de Bethel, de 2,3 mil habitantes. E embora estivesse marcado para terminar em um domingo, Hendrix começou a tocar às 9h da manhã de segunda.

Por Tiago Jokura
Atualizado em 22 fev 2024, 11h22 - Publicado em 18 abr 2011, 18h35

O festival de rock mais famoso de todos os tempos rolou em agosto de 1969, em uma fazenda na cidadezinha americana de Bethel, a cerca de 160 quilômetros de Nova York. Woodstock é o nome da cidade escolhida originalmente para abrigar os shows, mas acabou não rolando e, depois de idas e vindas, os organizadores desistiram da cidade e alugaram uma fazenda em Bethel mesmo, menos de um mês antes da abertura do festival.

Para não criar mais confusão, o nome original, Festival de Música e Artes de Woodstock, permaneceu. Os quatro rapazes – o mais velho tinha 26 anos – que organizaram o evento tentaram sem sucesso levar John Lennon, Bob Dylan, The Doors, Led Zeppelin e Frank Zappa ao palco da fazenda, mas isso não tirou o brilho do festival.

Apesar de esses monstros sagrados terem ficado de fora, outras estrelas – The Who, Joe Cocker, Janis Joplin e Jimi Hendrix, entre outros – aceitaram o convite e fizeram shows históricos. O festival, que estava previsto para durar três dias, acabando à meia-noite do domingo, mergulhou na semana seguinte. Para dar uma idéia, Hendrix começou a tocar na segunda-feira, às 9 da manhã. Alguns doidões que acamparam na fazenda continuaram lá por um bom tempo.

Jimi Hendrix, em um dos shows de rock mais icônicos de todos os tempos. (Allan Koss/Authentic Hendrix, LLC/Reprodução)

Roça and roll

Mais de 400 mil pessoas invadiram a cidade de Bethel, de 2,3 mil habitantes.

Alimentação
Como a organização esperava “apenas” 60 mil pessoas, somando o público de todos os dias, a saída foi improvisar postos de alimentação gratuitos quando eles se depararam com uma massa sete vezes maior. Cidades vizinhas doaram frutas, enlatados e sanduíches.

Camping
Cercas delimitavam a área reservada a acampamento, mas, na prática, com a superpopulação, isso não funcionou. Havia barraquinhas, colchonetes e trailers espalhados pelos quatro cantos da fazenda e até nas propriedades vizinhas.

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Emergência

Cerca de 70 médicos e 36 enfermeiras fizeram 6 mil atendimentos durante o festival. Alguns pacientes foram levados para hospitais por helicóptero, mas “só” três morreram: um por overdose de heroína, outro por ruptura de apêndice e o terceiro, atropelado por um trator. Houve ainda dois partos.

Segurança

Mais de 600 pessoas, entre seguranças contratados pela organização e policiais voluntários, fizeram o policiamento. Mas, como era gente demais infringindo as leis, eles decidiram ser light: drogas e peladões circularam pela fazenda numa boa. “Apenas” cem pessoas foram detidas por uso de drogas.

Bastidores

Atrás do palco, ficavam os trailers da produção, os camarins e o heliponto, por onde chegavam os artistas – não fosse pelos helicópteros, muitos shows não teriam acontecido. Para chegar ao palco sem enfrentar a muvuca, cantores e bandas atravessavam uma passarela exclusiva.

Palco

32 atrações, entre artistas e bandas, passaram pelo palco, que ficava na parte mais baixa de uma pequena colina, formando um anfiteatro natural. As chuvas do fim de semana detonaram a grama que cobria o local e formaram verdadeiras piscinas de lama, onde a galera mais chapada se lambuzava à vontade.

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Imprensa

A imprensa tinha até estacionamento exclusivo, mas, para enviar notícias e fotos, só mesmo nas cidades vizinhas: no acampamento, a fila do telefone durava no mínimo duas horas. A comunicação só funcionou mesmo no mural de recados, através do qual as pessoas encontravam os colegas e descolavam caronas.

Vias de acesso

As rodovias de acesso à fazenda ficaram intransitáveis. A viagem de Nova York a Bethel, que duraria no máximo duas horas, chegava a oito. Pessoas estacionavam na beira da estrada e caminhavam até 20 quilômetros. Houve uma chuva de pedidos de indenizações de quem tinha ingresso mas não chegou ao festival.

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