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Por que pisar em uma peça de Lego dói tanto?

Por causa do tamanho da peça e da estrutura do pé.

Por Matheus Bianezzi
Atualizado em 22 fev 2024, 10h24 - Publicado em 12 jul 2016, 17h57

Pezinho de cristal

A sola do pé é cheia de terminações nervosas, o que faz dela uma das partes mais sensíveis do corpo. Como ela é essencial no contato com o mundo exterior, o cérebro precisa de respostas rápidas diante de perigos. O centro da sola, onde a pele costuma ser fina (por ter menos contato com o chão), é o mais suscetível a dor.

Arma mortal

O bloco de Lego é feito de um plástico chamado acrilonitrila butadieno estireno (ABS), muito resistente e capaz de suportar cerca de 432 kg sem deformar – mais ou menos o peso de um urso-polar. Além disso, ele é pequeno (a peça de quatro pinos tem 1,5 x 1,5 cm). Os dois fatores fazem a diferença na pressão exercida na sola do pé.

C@$@%& de peça!

Para piorar, quando pisamos diretamente em um tijolinho, não entramos em contato com toda a superfície dele, mas sim com a dos pinos, cuja área é muito menor. E, no cálculo do “impacto” exercido, quanto menor a área, maior a pressão.

  • área da superfície da peça de quatro pinos: 2,25 centímetros quadrados
  • área da superfície dos quatro pinos somadas: 0,5 centímetro quadrado

Combo explosivo

Ao dividir a força exercida pela área de contato, temos a pressão, que é o que define a dor de fato. Se você pisar em uma barra de ferro (material mais duro que o ABS) sentirá menos dor, porque a área da barra dissipa o impacto.

Haja dor!

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Veja como a pecinha pode ser fatal:

Pressão do tijolinho de Lego no pé (pessoa de 75 kg) – 144,1 atm*
Exploração de petróleo (a 300 m de profundidade) – 30 atm
Resistência média de relógios de pulso (100 m) – 10 atm
Panela de pressão – 2 atm
Pressão atmosférica – 1 atm

*A pressão (em pascal) é medida ao dividir a força (N) pela área (m2). 1,013 x 105 pa = 1 atm (pressão da atmosfera no nível do mar)

Consultoria Leandra D’orsi Metsavaht, diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), e Ivan Coelho, engenheiro mecânico e mestre em engenharia química pela Unicamp.

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