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Quais são as etapas de um ritual de exorcismo?

Conheça os principais passos do ritual, redefinidos pela Igreja em 1999

Por José Lopes
Atualizado em 22 fev 2024, 10h24 - Publicado em 27 jun 2016, 15h02

ILUSTRA: Hafaell

A MUNDO ESTRANHO já havia falado sobre os passos de um ritual de exorcismo na edição 80. A pedido dos leitores, voltamos ao tema com uma explicação mais detalhada. Conheça as principais etapas de um exorcismo, redefinidas pela Igreja em 1999.

1. Antes de mais nada… será que um exorcismo é mesmo necessário? Atualmente, o discurso da Igreja é tentar descartar casos de mero problema mental ou fraude. Os padres devem procurar a ajuda de médicos e psicólogos simpáticos à fé católica. Nos EUA, pede-se até que o fiel a ser exorcizado assine um termo de consentimento

2. Se o problema é realmente espiritual, o padre ainda deve solicitar outra autorização: a do bispo a que está subordinado. Essa é uma das primeiras regras definidas no Rituale Romanum (“Ritual Romano”), espécie de manual que padroniza os ritos sagrados da Igreja. Sua seção dedicada à prática do exorcismo foi revisada e reescrita recentemente, em 1999

3. O sacerdote deve se vestir apropriadamente, usando a sobrepeliz (uma veste branca usada por cima da batina propriamente dita) e a estola roxa. A cor simboliza penitência e conversão – só é utilizada normalmente ao longo do ano durante a quaresma e os quatro domingos antes do Natal

4. A vítima do demo, se for violenta, pode ser amarrada, com o devido cuidado para não machucá-la. O exorcista começa o ritual abençoando-a, primeiro com o sinal da cruz e depois com água benta. Ele também concede essas bênçãos a si mesmo e a todos os outros presentes (familiares e pessoas próximas podem ou não acompanhar o processo)

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5. A primeira fase da cerimônia é dedicada a invocar os poderes “do Bem” concedidos à Igreja por Deus, Jesus Cristo e os santos. Para isso, são rezados a chamada Ladainha de Todos os Santos (em que os principais santos recebem o pedido “intercedei por nós”) e o Salmo 53, que pede que Deus salve o fiel de inimigos malignos

6. Aí, sim, começa o pega pra capar: o sacerdote manda o demo declarar seu nome e deixar o corpo da pessoa. “Eu te ordeno, espírito impuro, quem quer que sejas, tu e todos os teus servos, que atacam este servo de Deus (…) que me digas por algum sinal teu nome, e o dia e a hora da tua partida”

7. Nem sempre, claro, o bichão vai embora sem resistência. Segundo exorcistas experientes, cada caso é diferente. Há demônios que soltam gritos assustadores, zombam do exorcista, tentam atacar o padre e outros ao redor ou mesmo que fingem ter partido, deixando até que sua vítima receba a comunhão.

ESCOLINHA DE EXORCISTAS

Como sacerdotes católicos se qualificam para a prática

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Introdução – Há poucos cursos específicos para essa área na Igreja Católica. Seminaristas não aprendem técnicas de exorcismo em seu currículo normal, embora sejam familiarizados com a doutrina teológica da Igreja sobre a existência e a atuação de Satanás e seus asseclas

Preparação – Nem todo sacerdote está qualificado para sair por aí combatendo o capeta. Ele tem de obter “distinção em piedade, conhecimento, prudência e integridade de vida”. Católicos leigos não devem se arriscar

Graduação – Em 2005, a Associação Internacional de Exorcistas, criada por sacerdotes italianos, organizou o primeiro curso de nível universitário na área, em Roma. No currículo, aulas de teologia focada em demônios, medicina, psicologia e sociologia dos cultos satânicos

Mercado de trabalho – Como seria de imaginar, há uma relativa falta de exorcistas. Para remediar o problema, em 2004 a Congregação para a Doutrina da Fé, um dos órgãos da Igreja, ordenou que cada diocese designasse seu exorcista “oficial”

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