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“Somos controlados por reptilianos” – a mais ridícula teoria da conspiração

12% dos americanos acreditam de pés juntos que essa raça alienígena está infiltrada entre nós e define os rumos da humanidade.

Por Carolina Canossa
Atualizado em 22 fev 2024, 10h30 - Publicado em 8 jan 2016, 13h34

Segundo pesquisa realizada pela agência de pesquisas de opinião pública Public Policy Polling em 2013, 4% dos americanos – isto é: 12 milhões de pessoas – acreditam que o xadrez da política e das relações internacionais é controlado por uma raça de alienígenas com aparência de réptil.

Eles conseguiriam imitar a aparência humana com perfeição. Mas teriam pele de lagarto e olhos com pupilas verticais (esse seria o principal indício de sua presença entre nós). Além disso, teriam baixa pressão sanguínea, sentidos aguçados e até o dom de afetar aparelhos elétricos.

Há milhares de anos, essa raça teria vindo de Nibiru (o suposto décimo planeta do Sistema Solar) e se infiltrado nas culturas suméria ou babilônica. Com o tempo, teriam alterado nosso DNA para nos escravizar. Os principais líderes mundiais de hoje seriam reptilianos. A concentração do poder na mão de “poucos escolhidos” seria comprovada pelo grau de parentesco distante entre 43 dos 44 presidentes dos EUA.

A principal evidência dessa gracinha conspiratória seria a presença maciça de répteis nas mitologias de culturas ancestrais tão diferentes entre si, como a japonesa, a africana e a maia. Na Bíblia, é uma cobra que dá a Eva o fruto proibido.

Esses galalaus da elite mundial também teriam gerado outra teoria da conspiração famosa: a dos Illuminati. Eles teriam causado tragédias como o Holocausto e o 11 de Setembro para desestabilizar a humanidade e implantar a Nova Ordem Mundial, um estado único de controle total em que só 1% da população concentrará todo o poder.

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Outra balela é que eles estariam envolvidos em sacrifícios satânicos e sumiços de crianças. Há até uma associação, a Smart (sigla em inglês para “Pare o Controle Mental e Abuso Ritualístico Hoje”), fundada por um sobrevivente desses rituais. O papa Bento 16 sabia de tudo e, por isso, foi forçado a renunciar.

Alguns conspiracionistas dizem que esses dinossauros humanoides precisam do nosso ouro para manter a atmosfera de seu planeta. Outros acham que eles apenas buscam poder e influência, por isso se infiltraram até na mídia.

Um dos principais defensores da teoria, o ex-goleiro britânico David Icke, afirma que a Lua seria uma construção desses ETs – uma das maneiras pelas quais eles usam seu poder para alterar a nossa percepção da realidade. Ele também afirma que são os reptilianos os responsáveis por só usarmos 10% de nosso cérebro.

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David Icke é visto como lunático na Inglaterra, já pagou mico em TV nacional e, atualmente, ganha muito dinheiro espalhando suas teorias em palestras, DVDs e até em um aplicativo para celular.

Quanto à sua história, é fácil refutá-la. Primeiro porque não há comprovação da paleontologia ou da biologia da existência de uma raça reptiliana. Fósseis ou esqueletos de um ser com características híbridas répteis e humanas não aparecem em nenhum ponto da evolução.

A onipresença de répteis em culturas diferentes é uma consequência óbvia na onipresença de répteis ao redor do globo. Eles se deram bem na adaptação a diferentes habitats.

A ideia de que usamos só uma fração do nosso potencial cerebral é lenda, inspirada na interpretação equivocada de experimentos feitos entre 1930 e 1950. Neurologistas não definem uma porcentagem, mas garantem que usamos boa parte da capacidade do órgão.

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