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Como era a anatomia de uma preguiça gigante?

Herbívoro, o animal se apoiava nas laterais dos pés, em vez das solas, e pode ter tido uma língua semelhante à dos tamanduás

Por Da Redação
Atualizado em 22 fev 2024, 10h14 - Publicado em 4 Maio 2017, 13h28

Ela tinha o tamanho de um elefante e não vivia pendurada em árvores, e sim andava no chão. A espécie Megatherium americanum, cujo nome significa “grande besta da América”, foi um dos maiores mamíferos terrestres que já existiram e também a maior preguiça gigante (um tipo de animal não mais existente). Ela é parente próxima das preguiças e dos tamanduás atuais, tendo aparecido no começo do período Mioceno, 17 milhões de anos atrás, e desaparecido no final do Pleistoceno. Devido ao seu tamanho, era capaz de alcançar lugares altos e nunca ficava sem comida. Entre suas características mais marcantes está o modo como apoiava os pés no chão, pelos lados, algo que não ocorre com nenhuma espécie de mamífero atual.

(Márcio L. Castro/Mundo Estranho)
(Márcio L. Castro/Mundo Estranho)

DIETA
O Megatherium era herbívoro e, devido ao seu tamanho, alcançava com facilidade desde vegetações rasteiras até galhos de árvore. Dessa forma, ele nunca tinha escassez de comida e, provavelmente por causa disso, a espécie conseguiu se espalhar da América do Sul para a do Norte no Pleioceno. Não há confirmação, mas estudiosos sugerem que o animal possa ter tido uma língua longa e preênsil, como um tamanduá

PERNAS E PÉLVIS
A tíbia e a fíbula eram fundidas. Isso fazia com que as pernas fossem mais largas, o que pode estar relacionado ao tanto de peso que elas tinham que carregar. O osso da pélvis era largo e a cauda curta. Esses aspectos, somados aos ossos fortes das pernas, indicam que a parte inferior do corpo servia como um assento para descansar o tronco. A cauda provia estabilidade quando o animal ficava sobre duas patas

PÉS
O Megatherium precisava se apoiar nas laterais dos pés, e não nas solas, porque as unhas compridas impediam que suas patas inferiores pudessem ficar retas no solo. Ele era primariamente quadrúpede, mas podia ficar em duas patas e até andar dessa forma se quisesse. Os pesquisadores acreditam que o Megatherium vivia em bandos, mas existe a possibilidade de que morava sozinho em cavernas

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(Márcio L. Castro/Mundo Estranho)

MÃOS
A reprodução de um fóssil exibida acima mostra que, embora a preguiça tivesse cinco dígitos, um deles havia se tornado vestigial com a evolução e outro não tinha garra

(Márcio L. Castro/Mundo Estranho)

LÁBIO SUPERIOR
Uma característica muito própria do Megatherium é que seu lábio superior tinha formato de U e era preênsil. Isso permitia que ele fosse um comedor seletivo, manipulando os vegetais e escolhendo partes específicas para ingerir. Os dentes eram adaptados para cortar, em vez de moer, sugerindo que não comia vegetais duros ou fibrosos

(Márcio L. Castro/Mundo Estranho)

ONÍVORO?
Há quem sugira que o Megatherium pudesse ter uma dieta carnívora complementar, alimentando-se de carcaças. Existem fósseis de Glyptodon que mostram que os animais foram mortos de barriga para cima. Da fauna da época, apenas o Megatherium seria grande o suficiente para virar um Glyptodon. Mas a hipótese de que o Megatherium pudesse ser também carnívoro ainda é muito disputada

(Márcio L. Castro/Mundo Estranho)

FONTES Livros Megafauna: Giant Beasts of Pleistocene South America (vários autores) e Mammalian Evolutionary Morphology: A Tribute to Frederick S. Szalay, de Eric J. Sargis e Marian Dagosto; artigos The ground sloth Megatherium americanum: Skull shape, bite forces, and diet, de M. Susana Bargo, Muzzle of South American Pleistocene ground sloths (Xenarthra, Tardigrada), de M. Susana Bargo, Néstor Toledo e Sergio F. Vizcaíno

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