Preciso conversar com você. Vamos almoçar?” Durante muito tempo, para transmitir esse simples convite, era preciso ir pessoalmente até a casa do interlocutor ou enviar o recado por um mensageiro que poderia levar dias para chegar.
A necessidade de um meio mais prático para propagar mensagens era tamanha na agitada metade do século 19, que se criou uma espécie de disputa entre vários inventores para ver quem mais rápido conseguia realizar a façanha. O princípio de todos os experimentos desenvolvidos era basicamente o mesmo: a conversão de ondas sonoras em elétricas e sua transmissão em longas distâncias. O mais célebre personagem dessa saga foi o escocês Alexander Graham Bell, que patenteou o invento em 1876. Bell conservou a alcunha de “o pai do telefone” até 2002, quando o Congresso norte-americano fi nalmente reconheceu a importância do imigrante italiano Antonio Meucci, que 10 anos antes havia inventado o aparelho.
No começo do século 20, já existiam telefones instalados em quase todo o mundo. A transmissão ainda era feita por linhas analógicas, como as do telégrafo, e mediada por uma operadora (a telefonista) até meados da década de 1930. De lá pra cá, com os avanços tecnológicos, o telefone modernizou-se, perdeu o fi o, acoplou-se ao computador… e foi praticamente substituído pelo celular, item obrigatório do homem moderno das cidades grandes.