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Como funciona uma bomba a vácuo?

As bombas a vácuo, conhecidas como termobáricas, usam o oxigênio da atmosfera em vez de oxidantes como reagente para explodir. Não se sabem muitos detalhes sobre seu funcionamento – até por questões de segurança. Mas dá para ter uma idéia geral. Os danos provocados por essas bombas vêm de duas fontes: altas temperaturas e pressão. […]

Por Manoel Schlindwein
Atualizado em 22 fev 2024, 11h27 - Publicado em 18 abr 2011, 18h25

As bombas a vácuo, conhecidas como termobáricas, usam o oxigênio da atmosfera em vez de oxidantes como reagente para explodir. Não se sabem muitos detalhes sobre seu funcionamento – até por questões de segurança. Mas dá para ter uma idéia geral. Os danos provocados por essas bombas vêm de duas fontes: altas temperaturas e pressão. As primeiras bombas do tipo foram criadas na década de 1960 pelo Exército americano, que as usou na Guerra do Vietnã para destruir túneis, limpar campos minados e abrir clareiras na mata para pouso de helicópteros. Outro modelo de bomba a vácuo, o BLU-118/B, foi usado contra a Al Qaeda no Afeganistão, em 2002. Hoje, elas são usadas tanto em áreas abertas como fechadas – atingem até cavernas e bunkers, matando quem está dentro com a onda de pressão. Diferentemente das bombas nucleares, as termobáricas não usam elementos radioativos (como o urânio e o plutônio) e, portanto, não fazem vítimas por contaminação. Mas o estrago é feio: deixa o ambiente atingido com aspecto lunar, com o solo pontilhado de crateras. A mais poderosa arma não nuclear hoje – segundo os russos – é uma bomba termobárica conhecida como Foab, da sigla em inglês para “pai de todas as bombas”, testada em setembro de 2007 no país.

Pega geral
Bombas a vácuo usam calor e ondas supersônicas para detonar tudo em um raio de 300 metros

1. Um avião sobrevoa o alvo a cerca de 600 metros de altura e lança a bomba de pára-quedas – algumas bombas são teleguiadas por GPS. O tamanho do avião pode variar – os russos, na demonstração da Foab, usaram um Tupolev TU-160, maior avião de combate do mundo, que atinge até 2 220 km/h de velocidade

2. Quando a bomba está a cerca de 10 metros de altura do alvo, uma parte do líquido é liberada. Ao entrar em contato com o ar, ocorre um pequeno estouro, que forma uma nuvem de spray de 30 metros de diâmetro e 2,5 de altura, com poder explosivo concentrado. Na Foab, acredita-se que foram usados 30 quilos de óxido de etileno, líquido incolor, tóxico e altamente inflamável

3. Logo depois vem a segunda explosão: um detonador é acionado automaticamente e reage com a nuvem. Além do calor de até 3 000 ºC, a bomba gera ondas supersônicas num raio de 300 metros. A destruição da Foab equivale a 44 toneladas de TNT – só perde para a bomba atômica, com poder de cerca de 20 mil toneladas de TNT

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4. A explosão da mistura é tão potente que consome todos os reagentes, gerando vácuo (daí o nome da arma). Essa ausência de partículas provoca uma nova onda de choque – com a baixa pressão do local detonado e a pressão normal do ambiente, é como se acontecesse um sopro no sentido inverso, até a pressão se equilibrar

RAIO X DA FOAB

Arma é a mais letal entre as não nucleares, diz a Rússia

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Ano de criação – 2007

Fabricação – Russa

Peso – 7,8 toneladas

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Dimensões – Não divulgadas

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