Dormir com ela, comer na frente dela ou simplesmente ficar plantado olhando uma telinha com imagens coloridas é um hábito que parece antigo, de tão arraigado, mas não faz nem 2 séculos. Hoje temos imagens transmitidas em tempo real, por satélite e antenas poderosas, mas para chegar aí muitos inventos precisaram surgir: a transmissão telegráfi ca de imagens – o famoso “fax” – no século 19, foi uma delas. Depois apareceu o selênio: a substância descoberta em 1817 e, 56 anos depois, adequada à tecnologia da imagem pelo inglês Willoughby Smith, que comprovou que o elemento químico transforma energia luminosa em elétrica. Os testes iniciais, no entanto, mostravam apenas contornos de objetos. O primeiro “astro” da TV foi o Gato Félix, transmitido, em 1924, pelo inglês John Baird. Em 1927, o norte-americano Philo Taylor Farnsworth conseguiu juntar imagem e som pela primeira vez. Na década seguinte, Alemanha e França já tinham até estúdio. Em 1939, a TV estreou no Brasil e EUA, ainda em preto-e-branco. Imagens coloridas só apareceram quando conseguiram desmembrar a luz branca nas 3 cores primárias: verde, vermelho e azul.
A telinha virou objeto de consumo na América na década de 1950 e mesmo assim só a elite abastada tinha acesso à novidade. Tanto que, para nossos avós ou bisavós, reunir-se para ver televisão na casa da vizinha rica era um programa e tanto.