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Como os cientistas descobrem as características de uma estrela?

Características como temperatura, composição, rotação, brilho e tamanho estão todas interligadas. Cada uma serve de "pista" para descobrir a próxima

Por Giselle Hirata
Atualizado em 22 fev 2024, 10h06 - Publicado em 8 mar 2018, 16h23

 

FERRAMENTAS DE TRABALHO
As três técnicas mais utilizadas pelos pesquisadores

 

(Manoela Boianovsky da Costa/Mundo Estranho)

Fotometria
É o registro da intensidade do brilho dos objetos celestes feito a partir de um telescópio e um detetor eletrônico

 

(Manoela Boianovsky da Costa/Mundo Estranho)

Imageamento
É uma espécie de “foto” do corpo celeste, feita com uma câmera especial e um bom telescópio

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(Manoela Boianovsky da Costa/Mundo Estranho)

Espectroscopia
É uma espécie de prisma que divide a luz emitida pela estrela em diversas cores, analisando quais as maiores incidências no espectro eletromagnético

 

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UMA COISA LEVA À OUTRA
O passo a passo que revela a “ficha corrida” da estrela

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1. ESPECTRO ⇒ TEMPERATURA ⇒ COMPOSIÇÃO
Por meio da espectroscopia, os astrônomos conseguem classificar as estrelas de acordo com as características de seus espectros (a “cor”, digamos). Essa já é uma excelente pista! A classe espectral está intimamente ligada à temperatura, que é medida em Kelvin (para descobrir o valor em Celsius, é só subtrair 273). Conhecendo a temperatura, o próximo passo é determinar a composição química. Veja o caso das estrelas azuis, por exemplo: elas são as mais quentes, com temperaturas altas o suficiente para ionizar o hélio em sua atmosfera.

(Manoela Boianovsky da Costa/Mundo Estranho)

 

2. ESPECTRO ⇒ ROTAÇÃO
Todas as estrelas giram. Algumas giram mais devagar (como no caso do Sol, que tem uma rotação a menos de 2 km/s), e outras (as maiores) mais rápido, quase a ponto de se despedaçar (atingindo de 200 a 300 km/s). A rotação é determinada a partir da análise espectral: quanto mais estreitas as linhas espectrais, menor é a velocidade – e vice-versa.

(Manoela Boianovsky da Costa/Mundo Estranho)

 

3. DISTÂNCIA EM RELAÇÃO À TERRA
Feche um olho e foque em algo à sua frente. Agora abra esse olho e feche o outro. A coisa parece deslocada para o lado? É o efeito paralaxe: a diferença na posição de um objeto quando visto por pontos diferentes. Os cientistas usam essa “triangulação” para definir a distância de uma estrela em relação à Terra em sua órbita.

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(Manoela Boianovsky da Costa/Mundo Estranho)

 

4. BRILHO ⇒ TAMANHO
Uma análise de fotometria revela o brilho (ou seja, a quantidade de energia emitida). E os cientistas sabem que, para uma dada temperatura, quanto maior o raio de uma estrela, mais luminosa ela é. Sim, é aquele raio (r) que você aprendeu em geometria, usado para medir círculos e esferas. Isso permite classificá-la em cinco tipos:

(Manoela Boianovsky da Costa/Mundo Estranho)

 

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5. IDADE
Toda estrela tem um ciclo evolutivo que é caracterizado por diferentes fases, cada uma com propriedades específicas e também com duração diferente. A evolução não é igual para todas, uma vez que a massa inicial influencia o caminho que elas vão seguir depois da sequência principal. Entre as etapas principais, estão:

 

(Manoela Boianovsky da Costa/Mundo Estranho)

Protoestrela
É a formação, a partir do colapso de uma nebulosa planetária – no caso, umanuvem molecular, de gás e poeira

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Sequência principal
É o período mais longo, correspondente a 90% de sua existência

Anã branca
É o final de boa parte das estrelas até oito vezes maiores que o Sol, embora não seja uma regra

Estrela de nêutrons ou buraco negro
É o final de boa parte das estrelas com massa acima de oito vezes à do Sol, embora não seja uma regra

 

 

CONSULTORIA Simone Daflon, astrofísica estelar do Observatório Nacional

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