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Como uma espada é forjada?

Metal é aquecido a mais de 700 graus, prensado, dobrado, martelado e mergulhado em água para poder ser moldado conforme a necessidade

Por Diego Meneghetti
Atualizado em 22 fev 2024, 10h45 - Publicado em 5 set 2012, 18h45

Aquecendo uma barra de aço até que ela fique maleável e dando marteladas nela para modelar o metal e formar a lâmina. Depois de laminada, a espada passa por um trata- mento térmico para definir sua dureza e elasticidade – quanto mais dura, mais fácil de quebrar – e é afiada. Antes de a arma de fogo ser inventada, por volta do século 15, a espada era o principal instrumento de guerra. Boas espadas eram o sonho de consumo de samurais,cavaleiros europeus e beduínos. Hoje, a forja ainda é parecida com a da Idade Média, mas a espada se aposentou dos combates para virar peça de decoração em cerimônias militares, encenações e coleções particulares. Uma katana, conforme demonstrado abaixo, pode levar mais de 100 horas para ficar pronta.

COMO SE FAZ UMA KATANA

(Ligia Duque/Mundo Estranho)

1. Uma barra de aço (ferro e carbono) vai para uma fornalha até atingir cerca de 700 oC. Cada tipo de espada é feito com uma composição de aço diferente. Quanto mais carbono na liga, mais dura será a lâmina – o que aumenta o risco de quebra ao sofrer impactos

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2. O cuteleiro (ou espadeiro) usa uma prensa pneumática para dar pancadas no aço quente e compactar o metal. Elementos indesejados, como o oxigênio, são eliminados da liga e o aço fica mais firme. Quando o aço esfria, volta ao forno para amolecer

3. Com a barra ainda candente – avermelhada e maleável pelo calor –, o forjador faz várias dobras antes de voltar a prensá-la. Isso garante que o ferro, o carbono e outros elementos presentes na liga, como cromo, níquel e silício, fiquem bem misturados

4. O segredo do equilíbrio entre dureza e elasticidade da katana é um núcleo de aço mais flexível envolvido por duas barras de aço mais resistente. Esse sanduíche vai ao fogo e, depois de mais pancada, torna-se uma lâmina só

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5. Na laminação, a barra é tratada com marteladas mais precisas, em cima de uma bigorna. O objetivo é alongar o aço e afinar o lado que será o gume (corte). A ponta da katana é feita com um corte diagonal na lâmina para prolongar a área de corte

(Ligia Duque/Mundo Estranho)

6. Com a lâmina já no tamanho, na forma e na consistência desejados, é hora de cuidar da estética. Em um esmeril, o cuteleiro acerta as arestas, deixando as faces da lâmina mais lisas. Depois, com uma lixa ou com pedras especiais, o aço ganha brilho

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7. Coberta de argila, a lâmina passa por um tratamento térmico. O metal quente é mergulhado em óleo mineral ou água, no processo de têmpera. Depois de temperada, a lâmina passa pelo revenimento: aquecida pela última vez é resfriada lentamente para diminuir a dureza

8. O limite entre onde há mais e menos barro cria um desenho (hamon). Em seguida, é hora do polimento, com lixas finas e pedras, que dá brilho e destaca o hamon. Depois de polida, a espada segue para a afiação, feita no lado mais duro, em que havia menos barro

9. Para finalizar o serviço, a lâmina é conectada ao cabo, formado pela guarda (que separa a mão do guerreiro da lâmina), o punho (por onde ele empunha a espada) e o pomo (base que trava todo o conjunto com parafusos)

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CORTANDO PARA TODOS OS LADOS

Espada Longa – Arma pesada e com corte dos dois lados da lâmina, usada pelos cavaleiros medievais europeus. Diferentemente da katana, era acionada com as duas mãos para golpear

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Cimitarra – O modelo, de origem persa, era o preferido por piratas e guerreiros do Oriente Médio. Fez tanto sucesso na região que seu desenho está na bandeira da Arábia Saudita

Florete – Desenvolvido na França do século 18, o florete foi criado como uma espada de treino para aprimorar a agilidade do soldado. Atualmente, é uma das armas da esgrima

CONSULTORIA Walter Parreira, diretor da Ibéria Espadas

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