Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

É verdade que o Sol vai morrer?

É, sim – e , sem ele, a vida na Terra não tem chance de sobrevivência. Mesmo que a humanidade conseguisse inventar um Sol artificial, o verdadeiro provavelmente engoliria nosso planeta em seu processo de extinção. A data da tragédia já está marcada, porque é possível deduzir, mais ou menos, quando o combustível do Sol […]

Por Alexandre Versignassi
Atualizado em 22 fev 2024, 11h01 - Publicado em 18 abr 2011, 18h54

É, sim – e , sem ele, a vida na Terra não tem chance de sobrevivência. Mesmo que a humanidade conseguisse inventar um Sol artificial, o verdadeiro provavelmente engoliria nosso planeta em seu processo de extinção. A data da tragédia já está marcada, porque é possível deduzir, mais ou menos, quando o combustível do Sol irá acabar: por volta do ano 7 500 000 000. Hoje, a estrela gera energia queimando 282 bilhões de toneladas de hidrogênio do seu núcleo por minuto. Mas, daqui a 7,5 bilhões de anos, o hidrogênio vai rarear e o Sol, para tentar uma sobrevida, terá de começar a queimar hidrogênio de fora do núcleo – além de consumir suas próprias cinzas, ou melhor, o que resta de sua combustão: os átomos de hélio. Assim, a pressão de dentro para fora será tão grande que obrigará a estrela a se expandir. Essa gigantesca bola incandescente crescerá até ocupar as órbitas de Mercúrio e de Vênus – e a da Terra também deverá entrar na roda.

Mesmo que isso não aconteça, a essa altura as temperaturas absurdamente altas já terão acabado com todas as formas de vida imagináveis. “A própria atmosfera se desprenderá”, diz o astrônomo Roberto Dias da Costa, da Universidade de São Paulo (USP). Está cientificamente comprovado que essa caminhada do Sol para a morte já começou. A cada bilhão de anos, ele fica 10% mais quente. Só isso bastaria para fazer boa parte dos oceanos evaporar. Em 3 ou 4 bilhões de anos, as nuvens ficariam tão pesadas que armariam um efeito-estufa parecido com o de Vênus, onde o calor mal consegue escapar, deixando o planeta tórrido. Nesse momento, toda a água líquida já teria fervido – e a temperatura terrestre, de centenas de graus Celsius, seria suficiente para derreter chumbo, torrando todos os habitantes. Como se não bastasse, o Sol passaria a crescer loucamente.

Por isso, em poucos milhões de anos, a própria estrela não agüentará mais seu próprio tamanho e acabará se contraindo violentamente, até virar uma estrelinha do tipo anã branca, que não é maior que a Terra. Mesmo que não acabe cremado, nosso planeta nunca voltará a ser azul.

Destruição anunciada
Expansão do Sol engolirá planetas

1 – Paraíso

Com temperaturas amenas, que hoje raramente passam de 40 °C, a Terra pode contar com água líquida. Sem ela, nenhuma forma de vida conhecida teria sido possível. Mas essa situação não vai durar para sempre…

2 – Purgatório

Nos próximos 2 bilhões de anos, o aumento do brilho solar fará a temperatura média ficar, no mínimo, dezenas de graus Celsius mais alta. O gelo dos pólos derreterá e, em seguida, será a vez de o próprio oceano começar a evaporar

3 – Inferno

Em 3 ou 4 bilhões de anos, com o Sol três vezes maior do que hoje, os oceanos terão certamente entrado em fervura. O efeito estufa fará a temperatura chegar a centenas de graus Celsius. Sem água líquida, a vida acabará de vez

4 – Apocalipse

Com tudo isso, daqui a algo entre 5 bilhões e 7,5 bilhões de anos o Sol se transformará em uma estrela de dimensões absurdamente maiores, do tipo das chamadas gigantes vermelhas. Um calor mortal varrerá a atmosfera. A Terra se tornará equivalente a um mero asteróide – e provavelmente acabará engolida pela estrela que lhe deu vida

Continua após a publicidade

Hoje, o diâmetro do Sol é de 1 390 000 quilômetros. Na transformação que levará à extinção da estrela, essa medida poderá ultrapassar 300 milhões de quilômetros, absorvendo Mercúrio, Vênus e a Terra. Precisaríamos de uma página com 2 metros de largura para mostrar essa expansão na escala certa

Mercúrio 58 milhões de quilômetros

Vênus 108 milhões de quilômetros

Terra 150 milhões de quilômetros

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.