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Cosplay na CCXP: veja como mandar bem

Conversamos com especialistas para ajudar você a decidir seu cosplay,

Por Felipe van Deursen
Atualizado em 11 mar 2024, 12h05 - Publicado em 28 nov 2016, 13h58

A Comic Con Experience começará na próxima quinta-feira e você, cosplayer com síndrome de “atrasados do Enem”, ainda não decidiu o que fazer? Ou então já tem o cosplay decidido, mas está com aquele medinho de ser apenas mais um na multidão, uma Anitta e Paloma Bernardi com o mesmo vestido, a centésima pessoa com roupa de pirata na festa a fantasia, mais um no exército de abadás idênticos? Calma lá! A ME conversou com especialistas no assunto para te ajudar.

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A primeira grande dica para o iniciante no cosplay é escolher um personagem com o qual realmente se identifica. Se for algo complexo demais, veja se não dá para dar um jeitinho. “Se você é muito fã do Homem de Ferro, pensar em fazer aquela armadura, sem experiência nenhuma, pode ser frustrante. Mas um cosplay de Tony Stark já não é uma meta tão difícil de atingir, e o resultado pode ser mais divertido e gratificante”, diz Welington França, editor do site Cosplay Brasil, o mais antigo do gênero no país.

Mas e se o cosplay escolhido for inevitavelmente caro? Primeiro, tem certeza de que é impossível gastar pouco? Welington lembra que muitas vezes o trabalho sai caro porque a pessoa encomenda tudo. “Uma costureira faz a roupa, outra faz a espada e acessórios, e ela só tem o trabalho de vestir a coisa pronta”. O cosplay, como hobby, tem arraigada a cultura do faça você mesmo. “Fazer um cosplay não é só usar uma fantasia, o processo de criação conta muito.” Então, pesquise na internet, busque tutoriais e dicas para usar materiais baratos – sem atingir um resultado tosco. A artista de maquiagem e cosplayer Nay Firens garante que dá para baratear – e o processo é mais empolgante. “Improvisando com algo que já tem em casa, moldando coisas com EVA [tipo de espuma sintética muito usada em artesanato] para fazer armaduras ou outras coisas, usando biscuit [massa de modelar à base de amido de milho] para criar acessórios, e com paciência, dá para fazer algo bom e barato”, exemplifica. “Muitos canais no YouTube dão dicas de como montar peças para o cosplay ou de como fazer maquiagens” – a Nay, aliás, tem um canal sobre isso.

Se você está realmente com pouco tempo, não se desespere. Dá para montar um cosplay em menos de uma semana, e com as roupas do armário. Mas tudo, claro, depende da experiência e do personagem escolhido. A maioria demanda vários meses de preparação. Então, deixe o personagem mais complexo para os próximos eventos de cosplay, e procure um bem simples (e do qual seja fã, de preferência). Nay conta também que se você optar por um cosplay de roupas comuns, que não se destacam, mas caprichar na maquiagem, “pode ter certeza que vai ser um sucesso!”.  A cosplayer Thaís Yuki, 10 anos e mais de 60 personagens de experiência e integrante do júri dos concursos de cosplay da CCXP e da Brasil Game Show (BGS), reaproveitou retalhos de malha e a peruca de um cosplay antigo para fazer uma Hera Venenosa por R$ 30.  

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Além disso, é preciso levar em conta o conforto.Thaís lembra que a CCXP é enorme e você provavelmente vai querer ver muitas atrações. “O guarda-volumes e os vestiários exclusivos estarão lá para dar aquele suporte a quem precisar”. Thaís lembra também que é preciso atenção com acessórios. Alguns tipos de réplicas de armas não são permitidos pelas regras de segurança do evento.

A CCXP reúne todo tipo de cosplayers, segundo Welington, desde os mais perfeccionistas aos iniciantes que não se arriscam. A competição de cosplay é bastante disputada, mas muita gente estará lá só para se caracterizar e se divertir. “Tem cosplayer que vive disso, então não é preciso se preocupar em chegar ao nível deles”, brinca Nay.

ALTOS E BAIXOS
Welington acredita que Arlequina será uma das mais lembradas na CCxP – ainda mais depois que Esquadrão Suicida, filme estrelado pela personagem, foi assistido por 4,7 milhões de brasileiros apenas nas duas primeiras semanas em cartaz (uma das maiores estreias da história). Yuki também cita Arlequina, mas Nay acha que o pico de popularidade já passou. “O hype da Arlequina e do Coringa está abaixando”. Mas elas estarão lá, pode apostar. Se continuar assim, a Arlequina do cosplay pode ficar tão manjada quanto aquela outra arlequina, dos bailes de Carnaval.

Para saber o que está em alta e em baixa, acompanhe as tendências. “Se faz sucesso na telona, nas páginas e nos consoles, vai estar em alta no mundo do cosplay”, explica Welington. É um termômetro do mundo do estretenimento. “Um exemplo é League of Legends. Um fenômeno nos games que se refletiu no cosplay.” Além dos personagens de Esquadrão Suicida, os de Capitão América: Guerra Civil também deverão estar em alta. “Acredito que os do jogo Overwatch também serão bem lembrados”, diz Welington. “E vai ter muito estudante de Hogwarts também”, aposta Nay, por causa do retorno ao cinema do universo Harry Potter com Animais Fantásticos e Onde Habitam. Game of Thrones idem, garante Yuki.

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Para fugir do óbvio, então, é preciso colocar a criatividade para trabalhar à toda. “Lembro que gostei muito de um Marty McFly, de De Volta Para o Futuro. O cosplayer usava duas pernas falsas em cima de um skate. Ao andar, ele simulava o efeito do hoverboard”. Ou então um Lampião Verde, a mistura de Lampião com Lanterna Verde de um jogo desenvolvido na Paraíba. Nay se surpreende com os visuais “cheios de armaduras”.”Eles usam umas coisas enormes que fico pensando ‘como essa pessoa conseguiu ficar aí dentro!?'”, diz. “Aposte em versões originais e mash-ups. É um tipo de cosplay que ainda não é comum nos eventos. Releituras de personagens realmente criativas fazem um enorme sucesso”, diz Yuki. 

COMPETIÇÃO
Para quem está decidido a participar das competições, Yuki tem informações valiosas. O Cosplay Experience é o concurso mais aguardado. Os participantes se inscreveram online e os 12 finalistas farão uma performance no domingo. Os jurados avaliarão a qualidade do cosplay, a apresentação e a criatividade. O vencedor levará para casa um carro.

Além desse torneio, haverá competições diárias, em que é possível fazer a inscrição na hora. “Você participa do desfile interpretativo, que é muito mais descontraído e interessante, tanto para os mais experientes como para os iniciantes”, explica. Ambos seguem o estilo ‘Masquerade’, ou seja, além do grande vencedor, premiam-se características de destaque, e não no formato habitual de segundo lugar, terceiro lugar etc. “Participe dos desfiles. Eles foram feitos para ser mais convidativos a quem está começando ou a quem tem medo de palco. É um evento aconchegante, com menos pressão, para o cosplayer se divertir com os amigos”, diz.

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