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Como é feita a pesca submarina?

Por Diogo Ferreira Gomes
Atualizado em 22 fev 2024, 11h36 - Publicado em 3 mar 2009, 19h07
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A pesca submarina é feita sem aparelhos de respiração artificial, mas o mergulhador pode usar armas para abater os peixes. Para evitar a pesca predatória, no Brasil é proibido usar cilindro de oxigênio para a prática. A pesca submarina ocorre tanto em rios quanto no mar ou em lagos. Tudo deve ser em apneia, com a respiração presa. Por causa dos perigos, a atividade é hoje considerada um esporte radical. Um dos riscos que o pescador corre é a falta de oxigenação que acomete quem mergulha mais fundo do que deveria. Sem oxigênio, o cérebro perde o controle motor, e o corpo treme como se o mergulhador estivesse dançando. Quem não recebe socorro a tempo desmaia e pode até morrer. A vontade de mergulhar fundo já acompanha o homem há séculos, desde quando os polinésios desgastavam cascos de tartaruga até ficarem transparentes e os usavam como lentes em armações de madeira. Na Antiguidade, o azeite era usado para melhorar a visão, já que a oleosidade altera o índice de refração da água. Até Leonardo da Vinci desenhou um snorkel semelhante aos atuais. Comparadas aos equipamentos modernos de hoje, as invenções do passado parecem história de pescador! :c)

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DE TIRAR O FÔLEGO

Mergulhador tem que ter paciência, roupas especiais e armas para se dar bem

INSPIRAÇÃO

Para aumentar o fôlego e conseguir ficar debaixo d’água por mais tempo, o caçador faz exercícios respiratórios na superfície. A hiperventilação, técnica de respirações lentas e profundas para oxigenar o corpo e expulsar o gás carbônico, garante até quatro minutos de fôlego submarino!

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BALÉ SUBMARINO

O mergulhador não pode chegar dando tibum na água, para não assustar os peixes. Além disso, os movimentos têm que poupar energia. Por isso, ele usa uma técnica chamada golpe de rim, que lembra um balé: prende o fôlego, dobra o corpo ao meio, joga as pernas para o ar e afunda aos poucos.

À ESPERA

Perto da superfície, a técnica mais usada é a pesca de espera, que exige relativamente pouco esforço, mas muita paciência. O pescador fica imóvel e espera que os peixes curiosos se aproximem. Quando o cardume se aproxima, basta atirar e fazer a festa. Esta caça costuma abater tipos como robalo e sororoca, mas também pode ser usada mais no fundo do mar.

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INVASÃO DE PRIVACIDADE

Em profundidades intermediárias, uma das técnicas usadas é a caça de toca. O mergulhador vai até a morada de peixes, como badejo e sargo, e ataca pelos lados, para pegar de surpresa. O peixe geralmente é arisco por causa de ataques anteriores. Exemplares maiores podem até matar se na fuga baterem de frente com o caçador.

MODA SUBMARINA

O mergulhador precisa estar prevenido: a roupa de neoprene protege do frio e de cortes, e máscara, luvas e botas de borracha também são indispensáveis. As nadadeiras ajudam a se deslocar. A faca serve para cortar redes ou o cinto de lastro, que dá estabilidade, mas, se pesado demais, impede uma volta à superfície rápida. A boia lá em cima avisa que existe mergulhador por perto.

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DE PASSAGEM

No fundo do mar, é comum usar a técnica da pesca de passagem, que visa os peixes que sempre ficam em trânsito, como atum e dourado. Pode acontecer em águas oceânicas a até 70 metros de profundidade. A tática é a mesma da pesca de espera: passou, atirou. As armas precisam ser grandes porque os peixes nessas circunstâncias também são maiores.

TIRO AO ALVO

Com gatilhos sensíveis, armas só devem ser carregadas dentro d’água

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ARBALETE

Duas tiras de borracha seguram o arpão. Com o disparar do gatilho, a borracha é solta e o arpão “voa” em direção ao peixe, mas com um fio de náilon junto. Depois do tiro, é só seguir o fio e pegar o peixe.

ESPINGARDA

Quando a arma é carregada, o compartimento de ar comprimido fica sob a pressão de um êmbolo no cano. Na hora do tiro, o ar empurra o êmbolo no sentido contrário e projeta o arpão, também preso por um fio.

TIRO AO ALVO

A melhor parte para acertar o peixe é a cabeça, sobretudo o olho, porque a morte é instantânea. Outra região vulnerável é a cauda – o arpão pega a coluna vertebral e desnorteia o bicho. O abdômen, que não prende o arpão, deve ser evitado.

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