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Crianças assassinas: Mary Bell, a estranguladora mirim

Caso conhecidíssimo em todo o mundo, Mary sofreu maus tratos quando pequena e matou um menino quando tinha 10 anos

Por Natália Rangel
Atualizado em 22 fev 2024, 10h09 - Publicado em 8 nov 2017, 16h30

Diagnóstico – Sintomas de psicopatia
Idade – 11 anos
Onde – Inglaterra

1. Filha da prostituta Betty Bell, Mary nasceu em Newcastle, Inglaterra, em 1957, quando a mãe tinha apenas 17 anos. A menina é o caso mais famoso do mundo de criança com possível transtorno de personalidade antissocial. Na infância, sofreu com maus tratos: a mãe forçava a menina, com apenas 5 anos, a praticar sexo oral com estranhos em troca de dinheiro e esfregava seu rosto em sua própria urina quando ela fazia xixi na cama

2. Betty chegou a deixar a filha para a adoção, porém uma tia de Mary levou a menina de volta para casa. Em outras tentativas de se livrar da filha, Betty tentou drogá-la com diferentes tipos de pílulas, desde anfetaminas até suplementos de ferro. Nesses episódios, a menina (e às vezes seu irmão) era socorrida pela avó ou pelos tios, que viviam perto. A família, porém, fazia vista grossa quando Betty se declarava inocente

3. A menina já demonstrava sinais de crueldade ao maltratar animais e “espancar” bonecas. Porém, foi após testemunhar um menino ser atropelado por um ônibus que ela realmente mudou. Pessoas próximas relataram que, após o episódio, ela ficou incontrolável. Com um brinquedo, Mary Bell quebrou o nariz de seu tio e, na escola, passou a treinar estrangulamento em outras crianças

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4. É possível que Betty tivesse a “síndrome de Munchausen por procuração” (SMP), um distúrbio psicológico em que pessoas colocam em risco a vida de outros para deixar a sua mais excitante. A típica mãe com SMP sente-se forçada a desistir da criança só pela necessidade de que ambas sejam drasticamente reunidas – os episódios causam um efeito traumático no desenvolvimento da criança

5. Já no fim da infância, Mary e uma amiga, Norma Bell (elas não eram parentes), se envolveram em roubos e atos de vandalismo, sempre conseguindo se safar. Em 1968, quase com 11 anos, Mary foi suspeita de empurrar o primo de 3, que ficou com graves ferimentos na cabeça. Poucas semanas depois, o corpo de Martin Brown, de 4 anos, foi encontrado em uma casa abandonada. Testemunhas viram Mary e Norma no local

6. Alguns dias depois, no seu aniversário de 11 anos, Mary e Norma arrombaram e depredaram uma creche, onde deixaram quatro manuscritos anônimos com rabiscos confessando o assassinato de Martin. A polícia descartou as evidências como brincadeira de mau gosto. E só foi considerar as meninas como suspeitas dois meses depois, após outro estrangulamento. Desta vez a vítima era Brian Howe, de 3 anos

7. Encontrado em uma área abandonada, o corpo de Brian tinha a pele dos genitais esfolada e a letra M talhada na barriga. Como os tipos de ferimentos levavam a suspeitar de uma criança, o detetive local interrogou mais de mil delas até chegar às duas amigas. Norma acabou entregando Mary, que impressionou a polícia devido à sua frieza e incapacidade de compreender a gravidade de seus atos

8. As duas meninas foram a júri popular ainda em 1968. Norma acabou inocentada, enquanto Mary Bell, acusada pelos assassinatos, foi enviada para a Red Bank Special Unit, uma instituição psiquiátrica de segurança máxima, e depois conduzida para a prisão em 1973. Após tratamentos e avaliações, Mary Bell foi considerada recuperada e solta em 14 de maio de 1980, com 23 anos

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9. A nova identidade e o endereço da mulher são mantidos sob sigilo pela “Ordem Mary Bell”, uma lei inglesa criada em maio de 2003 que protege a identidade de qualquer criança envolvida em procedimentos legais. Sabe-se que Mary se casou e foi mãe em 1984. Em 2007, após a morte de sua mãe, ela colaborou com a jornalista Gitta Sereny para o livro Gritos no Vazio, sua biografia. O governo inglês tentou, sem sucesso, proibir a obra

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