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Richard Kuklinski, o homem de gelo

Ele era famoso pelo tamanho (quase 2 m de altura) e pelo hábito de congelar as vítimas para dificultar as investigações

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 11 mar 2024, 15h48 - Publicado em 21 jul 2017, 17h19

Sugestão da TdF Leticia Duarte
Ilustra Julio Brilha
Edição Felipe van Deursen

FICHA CRIMINAL
Nome – Richard Kuklinski (1935-2006)
Local de atuação – Nova Jersey e Nova York (EUA)
Mortes – Mais de 100

(Julio Brilha/Mundo Estranho)

1. Nascido em Nova Jersey, Richard apanhava pra valer do pai, o imigrante polonês Stanley Kuklinski. Sua mãe, a filha de imigrantes irlandeses Anna, também batia nos filhos e dava apoio ao marido, mesmo quando ele matou Florian, primogênito do casal. Os pais de Richard disseram à polícia que o irmão dele morreu ao cair da escada

2. Criado como católico, Richard até foi coroinha, mas, nas horas vagas, se divertia torturando gatos. Aos 13 anos, cometeu seu primeiro assassinato: estrangulou um garoto chamado Charley Lane, que fazia parte de uma gangue de rua da vizinhança. Richard arrancou a camiseta dele e a usou para estrangulá-lo

3. Richard se tornou um homem de 1,96 m e 122 kg. O tamanho o ajudou a conseguir um emprego carregando peso em um armazém. Nessa época, com 15 anos, ele conheceu Barbara Pedrici, com quem se casaria. Barbara se lembraria depois de um incidente assustador: na juventude, durante uma discussão, ele teria cortado o pescoço dela com uma faca e avisado: “Entenda a lição: nunca me abandone”

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4. Com cerca de 17 anos, ele entrou em contato com a máfia e virou matador de aluguel da família DeCavalcante, de Nova Jersey, e das Cinco Famílias de Nova York, que comandavam o crime na cidade. Richard participou de ações de lavagem de dinheiro e sequestro. Ele chamava a atenção por não beber, não jogar nem sair com prostitutas

5. Os vizinhos do subúrbio de Nova Jersey onde os Kuklinski moravam achavam que Richard era um comerciante bem sucedido. Barbara dizia que ele era um bom provedor e um homem carinhoso – apesar de ele ter quebrado seu nariz várias vezes e tentado atropelá-la em mais de uma ocasião. Mesmo assim, Richard era um pai carinhoso com os três filhos

6. Richard, certa vez, teria sido testado pelo mafioso Roy DeMeo: ele o levou para uma rua aleatória e apontou para um senhor que caminhava com o cachorro. Richard caminhou até o homem e o executou com um tiro pelas costas, sem hesitação. DeMeo e os outros capos da máfia gostavam desse sangue-frio e do comportamento discreto do matador

7. Richard esfaqueava e estrangulava as vítimas. Ele lançou vários corpos no Rio Hudson, mas muitas vezes largava os defuntos onde os matava. Também podia incendiá-los em pneus em chamas ou bater neles até matar (o que fazia para manter a forma, dizia). Richard tinha o hábito de arrancar dentes e ponta de dedos (muitas vezes antes de matar) para dificultar a identificação do corpo

8. Outros métodos de eliminação: explodir carros ou jogá-los de ré contra postes, com a vítima no porta-malas. Certa vez, ele teria deixado a pessoa desacordada em um buraco com ratos por dias, com uma câmera ligada. Ao voltar, encontrou só ossos e a fita com o registro. Richard também congelava vítimas em freezers industriais. Daí veio o apelido Homem de Gelo

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9. Nos anos 70 e 80, trabalhando para a família Gambino, Richard participou ativamente do comércio de fitas VHS ilegais de pornografia – produções reais em que mafiosos usavam garotas viciadas para fazer cenas hardcore que iam muito além dos pornôs tradicionais. Richard chegou a dirigir algumas cenas e a acompanhar de perto muitas gravações

10. O assassino acabou preso em 1986 e condenado a duas prisões perpétuas pela morte de cinco pessoas (mas possivelmente matou muito mais que isso). De dentro da cela, Richard concedeu várias entrevistas. As declarações geraram lendas, como a de que Jimmy Hoffa, sindicalista desaparecido nos anos 1970, teria sido queimado num tonel e misturado a metal reciclado que seria usado para fazer carros no Japão

QUE FIM LEVOU?
Ele morreu na prisão, aos 70 anos, de causas naturais. Suas entrevistas renderam livros e filmes – um deles com Winona Ryder no papel de Barbara

FONTES Livro The Ice Man: Confessions of a Mafia Contract Killer, de Philip Carlo; filmes The Iceman and the Psychiatrist, de Arthur Ginsberg, e The Iceman, de Ariel Vromen

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