Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Como era um zeppelin por dentro?

Veículos ficaram populares depois da 1ª Guerra Mundial. Uma passagem de Berlim para o Rio de Janeiro custava mais de US$ 8 mil em valores atuais.

Por Tiago Cordeiro
Atualizado em 22 fev 2024, 10h11 - Publicado em 8 ago 2017, 17h45
(Lasca Studio/Mundo Estranho)

A palavra “zeppelin” descreve vários dirigíveis desenvolvidos pela empresa do conde alemão Ferdinand von Zeppelin. Ele projetou uma série de modelos e o primeiro, o LZ1, decolou em 1900. Mas foi depois da 1ª Guerra que o Zeppelin se tornou o maior símbolo da aviação comercial da época.

O modelo mais bem-sucedido, o LZ 127, ou Graf Zeppelin, que você vê nesta matéria, foi usado em 1928 e ficou em operação até 1937. Nesse período, realizou 590 voos. No Brasil, os pousos aconteciam em Recife e no Rio de Janeiro: uma passagem Berlim-Rio custava US$ 590 (quase US$ 9 mil em valores atuais). O acidente de 1937 com o Hindenburg, um dos sucessores do Graf Zeppelin, provocou a substituição do hidrogênio como combustível pelo hélio, que não é inflamável. Mas os alemães não produziam hélio e precisariam comprar dos EUA. Com o início da 2ª Guerra, os Zeppelins acabaram engavetados e substituídos pelos aviões.

IMPULSO PARA A FRENTE

(Lasca Studio/Mundo Estranho)

Para o veículo ser impulsionado, havia dois meios: ou deixar-se levar pelas correntes de ar (autonomia de 100 horas sem escalas) ou estabelecer uma direção usando motores a gasolina. Eram cinco, do modelo Maybach de 410 kW. Eles garantiam a segurança da aeronave para a necessidade de avançar contra o vento. Mas tinham autonomia menor: com gasolina, era possível viajar por apenas 67 horas sem escalas.

Continua após a publicidade

DEZENAS DE BALÕES

(Lasca Studio/Mundo Estranho)

Um dirigível voa por causa de bolsas internas que podem ser enchidas (no caso do Graf, com gás hidrogênio) ou esvaziadas individualmente. Quando as 12 bolsas do Graf eram cheias, a aeronave ganhava altitude, podendo chegar a até 600 m (embora a altitude de voo fosse 200 m). Ao esvaziá-las, ela se aproximava do solo. O volume total de gás, com todas as células preenchidas, era de 105 mil m3.

CENTRO DE CONTROLE

(Lasca Studio/Mundo Estranho)

Os pilotos e seus assistentes ficavam na sala de controle, de onde tinham uma boa visão do trajeto. Eles operavam com base em informações fornecidas pela sala de mapas e pelos operadores de rádio. Na gôndola ficavam também os passageiros, que contavam com salões, quartos e banheiros – os dejetos eram acumulados em um compartimento abaixo das latrinas e depois lançados no ar.

Continua após a publicidade

PERGUNTA DO LEITOR Masanori A.L. Ninomiya, São Paulo, SP

FONTES Livros The Great Airships of Count Zeppelin, de Werner Behrends, e The Golden Age of the Great Passenger Airships: Graf Zeppelin and Hindenburg, de Harold Dick e Douglas Robinson

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

A ciência está mudando. O tempo todo.

Acompanhe por SUPER.

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.