Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Como funcionava a Little Boy, a bomba atômica de Hiroshima?

Ataque dos EUA foi o mais devastador da 2ª Guerra

Por Cíntia Acayaba
Atualizado em 22 fev 2024, 11h30 - Publicado em 5 jan 2011, 11h05

Ela consumiu três anos de pesquisa e 2 bilhões de dólares. E teve uma vida curta: um mês e três dias, considerando o período entre o dia em que ficou pronta e o momento em que foi detonada. Criada em 1945 como parte do Projeto Manhattan, o programa militar secreto americano, a bomba atômica tinha dois propósitos: dar fim à 2ª Guerra e ser o primeiro passo dos Estados Unidos na corrida armamentista contra a União Soviética. Era a Little Boy, “garotinho”, em inglês. Para testar os efeitos devastadores da engenhoca, o presidente Harry Truman escolheu a única força do Eixo que ainda se mantinha de pé, mesmo que já meio cambaleante: o Japão. Dentre os grandes centros industriais japoneses, só Hiroshima, quartel-general do Segundo Exército, permanecia intocada. Sua imunidade tinha como consequência a constante ameaça de ser atacada. Em 6 de agosto de 1945, a cidade até então preservada sentiu o poder de uma das mais destruidoras criações do homem. Resultado: mais de 100 mil civis mortos.

 

Gun-type_Nuclear_weapon

Recheio indigesto
O urânio representava menos de 1% do peso da bomba de Hiroshima

Continua após a publicidade

Reação em cadeia

A bomba tinha dois gatilhos: um de tempo e outro acionado conforme a pressão do ar. Eles dispararam um projétil de urânio que, como uma bala de revólver, atingiu um alvo, também de urânio, para começar a fissão nuclear. Na reação em cadeia, a matéria se desintegrou e liberou energia equivalente a 20 mil toneladas de TNT

Quem sabe faz ao vivo

Para evitar acidentes, a Little Boy foi armada durante o voo. Cerca de 15 minutos após a decolagem, o capitão Parsons armou cargas explosivas de pólvora, do tamanho de um pão de fôrma, na parte de trás da bomba. O assistente Dick Jepson substituiu três pinos verdes por vermelhos, permitindo o acionamento do detonador

Bomba a bordo

A bordo do USS Indianapolis, a Little Boy cruzou o Pacífico em dez dias, até a ilha de Tinian, no arquipélago de Marianas, a 2 740 quilômetros de Hiroshima (cerca de seis horas de voo). A ilha era a maior base aérea do mundo: suas quatro pistas abrigavam mais de 500 bombardeiros B-29, aviões com 30 metros de comprimento

Continua após a publicidade

Princípio ativo

A bomba, com núcleo de urânio-235 (o número revela a massa do urânio, mais leve do que o encontrado na natureza, cuja massa é 238), carregava quase 10 quilos da substância. A que foi jogada em Nagasaki, três dias depois, era feita de outro material, o plutônio-239, também mais leve que o natural, de massa 244. Após o fim da 2ª Guerra, foram criadas as bombas de hidrogênio, mil vezes mais potentes que as originais

Tiro ao alvo
Às 2h45 da manhã de 6 de agosto de 1945, o B-29 Enola Gay decolou de Tinian. Após cinco horas e meia, lançou a bomba a 9 600 metros de altitude, em Hiroshima

Continua após a publicidade

Um milhão de graus

A bomba explodiu no ar, acima de um hospital. No centro da explosão, a temperatura foi de 1 milhão °C. A 3 quilômetros de distância, a bola de fogo era cem vezes mais luminosa que o Sol

Sopro da morte

A explosão causou um vento que varreu Hiroshima a 1 500 km/h. Num raio de até 2 quilômetros do epicentro, a maioria das pessoas morreu em poucas horas. Os números foram colhidos em 1946 e se referem a civis

Fonte – Hiroshima and Nagasaki – The Physical, Medical, and Social Effects of the Atomic Bomb, de Iwanami Shoten

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.