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Quais os principais grupos neonazistas ativos no mundo?

Conheça as principais organizações que pregam o ultranacionalismo e a supremacia branca. Algumas delas inclusive viraram partidos políticos

Por Heloísa Noronha
Atualizado em 22 fev 2024, 10h43 - Publicado em 8 Maio 2013, 20h18

PERGUNTA Gabriel Luiz Colasso, Concordia, SC

São partidos políticos, comunidades virtuais e gangues que se concentram na Europa e nos EUA, mas existem em vários países. Esses grupos buscam resgatar valores do nazismo alemão, surgido nos anos 30, que culminou na 2a Guerra Mundial, especialmente o nacionalismo e superioridade da raça ariana sobre pessoas “impuras”, como negros, judeus, ciganos, homossexuais etc.

Com a derrota alemã, os nazistas se esconderam com medo de represálias. Embora a apologia ao nazismo seja crime na maioria dos países, a partir dos anos 60, grupos de jovens passaram a se manifestar impunemente como neonazistas, principalmente nos EUA, na Alemanha e no Reino Unido.

Os alvos de discriminação são quase os mesmos, com algumas inclusões: nos EUA, por exemplo, latinos e são vistos como os causadores de problemas sociais (violência, desemprego etc.). Em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, estados brasileiros com maior concentração de grupos de extrema direita, o ódio também se destina a nordestinos.

 

Essas agremiações podem inclusive se oficializar como partidos políticos:

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(Otávio Silveira/Mundo Estranho)

Aliança Nacional (EUA)
Fundada em 1974 pelo físico William Luther Pierce, enaltece os feitos de Hitler. Morto em 2002, Pierce era amigo de George Lincoln Rockwell, líder do Partido Nazista Americano (fundado em 1959) e autor da expressão “white power” (“poder branco”), popular entre grupos que pregam a supremacia dos brancos.

 

(Otávio Silveira/Mundo Estranho)

Frente Nacional (Inglaterra)
Partido político britânico de extrema direita, surgiu nos anos 70 e ganhou força a partir dos anos 80. Aceita somente membros de cor branca. Apesar de negar publicamente ter diretrizes neonazistas, trabalha em parceria com a comunidade virtual Stormfront, dos EUA, conhecida por pregar a supremacia ariana.

 

(Otávio Silveira/Mundo Estranho)

Partido Nacional Democrata NPD (Alemanha)
Fundado em 1964, conta com representantes do parlamento alemão para manter uma ideologia conservadora e nacionalista. O partido já foi acusado de incitar o antissemitismo (racismo contra os judeus) em passeatas financiadas com recursos recebidos do Estado. Em 2003, a Corte Constitucional da Alemanha rejeitou o pedido feito pelo governo e pelo Parlamento de declarar o NPD inconstitucional.

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Existem também os grupos não partidários: ativistas que se organizam principalmente pela internet. Alguns deles:

 

(Otávio Silveira/Mundo Estranho)

Stormfront (EUA)
Comunidade virtual iniciada em 1990 com o objetivo de promover discussões sobre a supremacia branca. Tem mais de 60 mil membros em todo o mundo, incluindo brasileiros, que usaram o site para contestar o título de Miss Universo 2011, conquistado pela negra Leila Lopes, de Angola, por exemplo.

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(Otávio Silveira/Mundo Estranho)

Aryan Nations (EUA)
Fundado em meados dos anos 70, foi inspirado no já falecido escritor David Lane, fundador do grupo nacionalista The Order, que matou o radialista e advogado judeu Alan Berg por causa de suas críticas ao grupo. Lane também criou uma frase usada como lema do White Power: “Devemos assegurar a existência do nosso povo e um futuro para as crianças brancas”. No nazismo, o conceito de ariano abrange os brancos europeus, que seriam descendentes de uma antiga raça superior. O termo arya, em sânscrito, significa “nobre”.

 

(Otávio Silveira/Mundo Estranho)

White Aryan Resistance WAR (EUA)

Principal grupo da filosofia White Power (supremacia dos brancos), fundado por Tom Metzger no início dos anos 80. O líder é autor de frases como “O judaísmo é uma conspiração contra todas as raças”. Em 1998, Metzger foi condenado a pagar US$ 3 milhões pela morte de um imigrante etíope por membros do movimento.

 

CONSULTORIA Adriana Abreu Magalhães Dias, cientista social e antropóloga da Unicamp, Alexandre Almeida, cientista social da PUC-SP, e René Gertz, professor de história da PUC-RS e da UFRGS FONTES Sites Brasil Escola e UOL Educação

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