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O que é um escritor-fantasma?

Esses profissionais fazem toda a pesquisa e redigem o texto que depois será creditado a outra pessoa

Por Janaína Harada
Atualizado em 22 fev 2024, 10h11 - Publicado em 20 set 2017, 12h59

É o profissional que não recebe os créditos pela obra que escreve. O chamado “ghost writer” é contratado para produzir autobiografias de pessoas que não têm experiência ou tempo para escrever sua própria história. Geralmente, ele é procurado por celebridades e personalidades (atores, músicos, políticos e executivos) ou por editoras que querem lançar um livro sobre alguém que está em alta na mídia. Em 1957, a biografia Retratos de Coragem rendeu o Prêmio Pulitzer ao então senador americano John F. Kennedy. Cinquenta anos depois, o ex-assessor do político, Ted Sorensen, afirmou ter escrito boa parte dos capítulos da obra.

Da apuração à publicação: saiba como é o trabalho dos escritores anônimos

Quase um roteirista
A principal função do profissional é coletar, selecionar e organizar informações. Depois, ele põe no papel as histórias relatadas pelo “autor” do livro. É sua responsabilidade dar voz e criar um perfil interessante para a pessoa cujo nome estará na capa da publicação

Sem vaidade
Para a escolha do autor, é preciso ter alguns pré-requisitos: experiência, portfólio e textos já publicados. O escritor também deve saber lidar com o ego, já que o desenvolvimento da obra é colaborativo – e quem assina o livro é outra pessoa

Nem grana, nem fama
O cachê é pago pela execução do trabalho – e, muitas vezes, não inclui a participação de lucros na venda do livro. Entre as vantagens estaria a oportunidade de ter acesso a detalhes íntimos de personalidades sobre as quais vai escrever

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Reconhecimento
Dependendo do contrato, o profissional pode nem ser mencionado na obra. Mas é cada vez mais comum encontrar capas com o nome do autor seguido de “com a colaboração de…” e livros com coautores. Essas são formas de valorizar o trabalho de um ghost writer, que também pode estar na página de agradecimentos

Você-sabe-quem?

Veja alguns livros escritos por fantasmas coautores e outros que “não foram nomeados”

O Doce Veneno do Escorpião, de Bruna Surfistinha – O jornalista Jorge Tarquini entrou na Justiça para ter o seu nome como autor
Vivendo a História, de Hillary Clinton – A ex-senadora assina a obra sem creditar a escritora original
Da minha Terra à Terra, de Sebastião Salgado – A escritora Isabelle Francq tem um pequeno espaço na capa do livro
Trump – A Arte da Negociação, de Donald Trump – O líder dos EUA assinou a obra junto com o jornalista Tony Schwartz

Pergunta do leitor Robson Vilanova Ilha, São Sepé, RS
FONTES Sites Andrew Crofts, The Guardian e The New York Times

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