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Como é Lhasa, a capital do Tibete?

Fria e isolada. Lhasa é a capital administrativa do Tibete, área autônoma ao norte da Cordilheira do Himalaia, na China.

Por Juliana Sayuri
Atualizado em 22 fev 2024, 10h33 - Publicado em 19 nov 2015, 11h54

Lhasa

ilustra Rodrigo Didier

Edição Felipe van Deursen

1 – O Palácio Branco tem 698 murais e 10 mil pergaminhos

2 – O Palácio Potala tem 2 mil degraus, 10 mil santuários e altares e mil salas

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Fria e isolada, Lhasa é a capital administrativa do Tibete, área autônoma ao norte da Cordilheira do Himalaia, na China. Berço do budismo tibetano, ela é, historicamente, a cidade do Dalai Lama, o líder político e religioso desse disputado território. Seu nome quer dizer “terra sagrada”. A 3.650 m de altitude, a cidadela encravada entre montanhas de 5.500 m foi construída no século 7 e, até meados do século 20, era considerada “cidade proibida”. Uma proibição mais na prática do que na lei, já que, antigamente, ela era isolada e inóspita demais para estrangeiros chegarem lá. Após a invasão dos chineses, em 1950, que nos anos seguintes expulsariam e matariam milhares de tibetanos e destruiriam muitas construções históricas, a cidade se abriu aos poucos aos forasteiros. Só no tradicional Festival Shoton, em junho de 2014,Lhasa atraiu 1,5 milhão de visitantes.

Casa de inverno

Construído no século 7 e reconstruído no 17, o Palácio Potala simboliza o budismo tibetano. Era o castelo de inverno do Dalai Lama, localizado na Montanha Vermelha. O Potala, na verdade, é um complexo composto de dois palácios, Branco e Vermelho

Prédio político

O Palácio Branco abriga tesouros, quartos particulares, uma sala para assembleia e uma sala sagrada com o trono do Dalai Lama, além de diversas esculturas e porcelanas, prata e ouro

Prédio religioso

O Palácio Vermelho tem capelas e bibliotecas para as escrituras budistas. Além disso, há diversos halls dedicados a Buda, sutras (escrituras canônicas) e estupas funerárias (pequenos templos dedicados a Dalai Lamas anteriores)

OUTROS TESOUROS DA CIDADE

Capital do Tibete ainda guarda outros grandes templos

lhasa2Templo Jokhang

Construído no século 7, no centro antigo da cidade. O prédio, feito de pedras e madeira, é considerado uma obra-prima da arquitetura budista tibetana. O templo contém manuscritos, tesouros e ilustrações de Buda e de outras divindades

Templo Norbulingka

Fundado no século 18, é a antiga casa de verão do Dalai Lama. Fica a 2 km do Palácio Potala. O templo é formado por belos jardins, com quatro castelos e um monastério. Também foi um importante ponto político e religioso para os tibetanos

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Foi Mao!

Lhasa foi invadida diversas vezes. No século 7, os chineses queimaram muitas construções sagradas, incluindo o Palácio Potala. Por volta de 1240, os mongóis invadiram o Tibete e a China. No século 17, o Dalai Lama Lobsang Gyatso (1617-1682) levou a capital de volta para Lhasa. Em 1720, os tibetanos pediram ajuda aos chineses para se livrarem dos mongóis e, com isso, a China passou a controlar a região. No século 20, o Tibete tentou buscar reconhecimento internacional, mas, em 1950, os comunistas chineses, liderados por Mao Tsé-tung (1893-1976), invadiram a região e a anexaram como província. Muitos lugares importantes foram destruídos pelos revolucionários, que fincaram um retrato de Mao às portas do Palácio Potala. Em 1959, após diversos conflitos e manifestações de monges contra os militares chineses, uma revolta foi violentamente reprimida pelo regime comunista. Tenzin Gyatso, o Dalai Lama, fugiu a pé, rumo ao norte da Índia. Atualmente, ele é considerado o líder oficial do governo tibetano em exílio.

FONTES LivroLhasa: Streets with Memories, de Robert Barnett, documentário Inside Tibet, sites Free Tibet e Unesco e filme Sete Anos no Tibet, inspirado no livro de Heinrich Harrer

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