Assine SUPER por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Como é o lançamento de um foguete?

O foguete é impulsionado por módulos que vão se soltando conforme ele sobe

Por Tarso Araújo
Atualizado em 22 fev 2024, 11h23 - Publicado em 18 abr 2011, 18h35

Lançar um foguete significa ligar uma fogueira superpotente, capaz de impulsioná-lo ao espaço até atingir uma altitude predeterminada e, chegando lá, colocar um satélite ou uma sonda de pesquisa em órbita. A viagem não é tão longa: as órbitas mais baixas estão a apenas 200 km de altura. Daria para chegar lá em duas horas de carro – não fosse, claro, por um detalhe: a gravidade, a força que o planeta exerce sobre objetos que queiram deixá-lo, algo como um poderoso puxão para baixo. Como não dá para pegar uma estrada, o jeito é gastar uns US$ 10 milhões para montar um foguete. Toda essa grana é queimada em no máximo nove minutos, tempo decorrido entre o lançamento na base e a colocação do satélite em órbita. Mas, nesse caso, parece que torrar dinheiro vale a pena. Todo ano, centenas de foguetes são lançados ao espaço com missões variadas, num mercado que movimenta pelo menos US$ 25 bilhões por ano. O Brasil fez o seu foguete, o Veículo Lançador de Satélites (VLS), para pegar uma fatia desse mercado.

PEÇA A PEÇA

Quatro estágios propulsores fazem o foguete vencer a gravidade

(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

LENHA NA FOGUEIRA

Subida depende da queima de combustíveis sólidos ou líquidos

(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

COMBUSTÍVEL LÍQUIDO – Para gerar os gases que empurram o foguete, são necessárias duas substâncias: o combustível e o comburente. Quando são líquidas, elas ficam em tanques separados e só se encontram numa câmara especial, com uma abertura para a saída do jato

Continua após a publicidade

COMBUSTÍVEL SÓLIDO – O combustível e o comburente também podem ser sólidos – nesse caso, eles ficam juntos no mesmo tanque. Eles só não acendem antes da hora porque para isso é preciso uma centelha, disparada na hora de ligar o motor. Este é o modelo usado pelo VLS brasileiro

UMA ODISSÉIA NO ESPAÇO

Nada de peso inútil: cada estágio vira lixo no final de seu trabalho

(Alexandre Jubran/Mundo Estranho)

1. O primeiro passo do lançamento é acender a “fogueira” que impulsiona o foguete. Isso é feito com a ajuda de um ignitor, disparado por um sinal elétrico a partir do centro de controle. O ignitor funciona como um pavio que percorre o interior do tanque e inicia a queima do combustível

2. O primeiro estágio propulsor do foguete funciona durante os 60 segundos iniciais de vôo. Ao final desse tempo, ele atinge cerca de 30 km de altitude, a uma velocidade de 6 mil km/h. Quando ele se esvazia, um sistema eletrônico solta os quatro motores do estágio, que caem no mar reduzindo o peso do conjunto

Continua após a publicidade

3. O segundo estágio começa a funcionar nos últimos cinco segundos de ação do primeiro e também queima por 60 segundos. Dois minutos após o lançamento, o VLS já está a 100 km de altitude, a quase 10 mil km/h. A essa altura, o 2º estágio é solto e cai

4. O terceiro estágio queima por mais 60 segundos e se apaga, com três minutos de operação, a 230 km de altitude e 5 mil km/h. Sem motores, a velocidade do foguete diminui por causa da gravidade. Mas ele continua subindo, porque a resistência do ar já é pequena para freá-lo

  • Relacionadas

5. O foguete fica apagado por seis a dez minutos, tempo necessário para o computador de bordo do módulo de controle fazer o basculamento. Essa manobra, feita com ajuda de minipropulsores de gás comprimido, libera o satélite e deixa o foguete de lado em relação à Terra, ideal para entrar em órbita

6. O quarto estágio é ligado quando o foguete está perto dos 750 km de altitude, área em que o satélite vai funcionar. O motor queima por 60 segundos e acelera até 27 mil km/h, velocidade necessária para entrar em órbita nessa altitude

Continua após a publicidade

7. Se a carga do VLS for uma sonda de pesquisa em vez de um satélite, ela fica um tempo em órbita e cai no momento e local programados, boiando e soltando uma tinta laranja. A queda é amortecida por um pára-quedas e o resgate é facilitado por um aparelho de GPS

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Super impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.