
Não larga o osso
Dezessete anos no poder é praticamente uma ditadura. Mas ninguém reclama na cidadezinha de Talkeetna, no Alasca (EUA) – afinal, o “tirano” é um gatinho chamado Stubbs. Em 1997, os moradores decidiram escrever o nome dele na cédula, em protesto contra a qualidade dos candidatos. E ele tem sido “reeleito” desde então
Um debate espinhudo
Um grupo de sátira política na Nova Zelândia, o “Partido Sério McGillicuddy”, já lutou por causas importantíssimas, como o direito de voto às árvores. Em um de seus golpes mais radicais, lançaram um ouriço para uma vaga no Parlamento do país (não, não era o Sonic). Conseguiram até inscrever a mascote, mas ela não foi eleita
Vereador casca-grossa
Antes das urnas eletrônicas, era possível escrever o nome do candidato nas cédulas eleitorais brasileiras. A galera aproveitava para fazer protestos criativos. Um dos mais famosos foi em 1959, quando um jornalista lançou a candidatura de Cacareco a vereador em São Paulo. E ele teve 100 mil votos. Detalhe: Cacareco era um rinoceronte do zoológico municipal
Pelo menos não era burro…
Em 1938, a população de Milton, nos EUA, selecionou (unanimemente!) o republicano Boston Curtis para um cargo público. Imagine a surpresa de todos ao descobrir que ele era… uma mula. O prefeito havia inscrito o bicho (que “assinou” a papelada com um carimbo de sua pata) para provar que nem sempre eleitores sabem quem estão apoiando
A fraude mais fofa do mundo
Para arrecadar fundos, uma igreja em Rabbit Hash, no interior dos EUA, aproveitou as eleições municipais de 1998 para “vender” votos. Quem doasse US$ 1 ganhava uma cédula a favor do cachorrinho Goofy. Em teoria, ele venceu a disputa, com 8 mil eleitores! Desde então, a cidade já teve mais dois prefeitos caninos
Campanha profissional
“Hank é um candidato inovador, cheio de energia, inspirador e pé no chão.” Parece o político dos sonhos. Com a diferença de que Hank é um gato! Ele tentou uma vaga no Senado dos EUA em 2012, representando o estado de Virgínia. E tinha até site oficial, com promessas de campanha e fotos de divulgação: hankforsenate.com
Cachorro quentíssimo
Marselha, na França, quase teve um prefeito de quatro patas em 2001. Saucisse (“Salsicha”, em francês), um cão da raça daschund, foi inscrito pelo dono, Serge Scotto, e recebeu 4% dos votos! Não foi o suficiente, mas o bichinho era tão carismático que acabou virando celebridade. Até apareceu num reality show à la Big Brother
Um padrinho poderoso
Um dos exemplos mais famosos vem da Roma antiga: o cavalo Incitatus, para quem o imperador Calígula teria conseguido uma vaguinha como senador. Alguns historiadores alegam que isso não passa de boato, mas é fato que o quadrúpede levou uma vida de nobre: tinha estábulo de mármore, 18 criados pessoais e até joias
Protejam o porco
Um caso histórico rolou em 1968, nos EUA, quando membros do “Partido Internacional da Juventude” invadiram a Convenção Nacional Democrática, exigindo a candidatura do porco Pigasus para presidente. Eles queriam até uma equipe do serviço secreto protegendo o bicho 24 horas por dia! Os farristas foram presos, mas inocentados em um julgamento meses depois
Macacos me mordam
Cacareco teve um “sucessor” 29 anos depois. Em 1988, o jornal de humor Casseta Popular (de onde surgiram alguns integrantes do Casseta & Planeta) sugeriu o chimpanzé Tião à prefeitura do Rio de Janeiro, pelo “Partido Bananista Brasileiro”. O povo adorou: ele foi o terceiro candidato mais votado e até entrou para o Guinness
FONTES Sites Terra, G1, ListVerse, Mashable e Time, jornais Folha de S.Paulo, Estado de S. Paulo e O Globo, e revista VEJA