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Quais são as diferenças entre a polícia do Brasil e a dos EUA?

Hierarquia nos EUA é mais enxuta

Por Luiz Fujita
Atualizado em 22 fev 2024, 11h38 - Publicado em 31 jul 2008, 17h41

A principal delas é que a polícia americana é mais enxuta. Nos Estados Unidos, existem poucas divisões entre as polícias e a hierarquia tem menos cargos, o que acaba reduzindo custos e diminuindo a burocracia. No Brasil, cada órgão cumpre uma função: a Militar mantém a ordem pública reprimindo ou prevenindo o crime, e em alguns estados engloba também os bombeiros. A Civil conduz a parte da investigação depois que um crime é constatado, com a ajuda da científica, que faz os trabalhos de perícia e análises técnicas.

Além disso, a polícia por lá é municipal, contra a divisão por estados no Brasil. A de Nova York, por exemplo, tem cerca de 36 mil membros. A maior do Brasil é a Polícia Militar de São Paulo, com 89,7 mil PMs. Há as guardas municipais no Brasil, mas elas nem portam armas, trabalham para zelar pelo patrimônio público da cidade, garantindo o uso adequado de parques e áreas de preservação, por exemplo.

Outra diferença: aqui, o “aspira” fica um ano treinando na academia, contra apenas seis meses de curso nos EUA.

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POLÍCIA AMERICANA

Hierarquia nos EUA é mais enxuta

POLÍCIA MUNICIPAL

Prefeito

Chefe oficial da polícia, mas só é consultado em casos graves.

Comissário

Indicado pelo prefeito, é um coordenador administrativo – nada a ver com o comissário Gordon.

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Delegado administrativo

Nomeado pelo comissário, é um “síndico” que comanda cada delegacia e seus departamentos.

Chefe de departamento

Chefia um dos departamentos, como o de homicídios, crimes de trânsito, desaparecidos etc.

Xerife

Atende cidades muito pequenas e, quando preciso, pede um reforço aos vizinhos maiores.

Agentes não fardados e especiais

Depois de um ou dois anos, os oficiais podem concorrer para ocupar vagas na área investigativa.

Oficial de polícia

São os caras que põem a mão na massa. Começam como policiais de rua, fardados e fazendo rondas.

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Civis auxiliares

Há programas de treinamento para civis, que denunciam atos suspeitos em seus bairros.

UNIDADE ESPECIAL

Só um grupo especial é usado nos EUA

SWAT

Special Weapons and Tactics (SWAT) é o nome genérico dos grupos especiais da polícia americana. Podem atuar em atividades muito diferentes, do resgate de reféns à escolta de autoridades. São chamados nos casos de alto risco, mas os policiais não ficam parados enquanto esses eventos não acontecem. Geralmente fazem rondas como policiais comuns, e a qualquer momento o rádio chama e eles se deslocam para a ocorrência mais grave.

FBI

Órgão investiga e faz pesquisa científica

Tanto o Federal Bureau of Investigation (FBI) quanto a PF investigam crimes nacionais, como questões de fronteira e espionagem – no caso dos EUA, inclui-se aí também o terrorismo. Ao contrário da PF, o FBI tem químicos e engenheiros em sua área de pesquisa, que cria equipamentos de perícia e detectores de documentos falsos.

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POLÍCIA BRASILEIRA

PM reprime para manter a ordem, enquanto Civil investiga crimes

Governador

Autoriza as ações mais importantes, como a entrada em um presídio tomado pelos detentos.

Secretário da Segurança Pública

Coordenador efetivo das polícias, já que o governador não segue a rotina policial.

MILITAR

Coronel

Responde por regiões do estado. Lidera até 3 mil PMs.

Tenente-coronel

Chefia cerca de 500 membros, e três a cinco unidades menores.

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Major

Auxilia o tenente-coronel no comando do batalhão.

Capitão

Lidera cerca de 120 policiais.

Tenente

É o “meio-de-campo” entre seu superior e a rua.

1º, 2º e 3º sargentos

Comandam grupos de cerca de dez soldados em rondas e patrulhas.

Soldado

Fica nas ruas, reprime e previne os crimes.

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CIVIL

Delegado de classe especial

Chefia grandes unidades, como o Departamento de Homicídios ou o de Narcóticos. Lidera até mil agentes.

Delegados de 1ª, 2ª e 3ª classes

Chefiam desde delegacias de bairros nobres a grupos com até 300 policiais.

Delegados de 4ª e 5ª classes

Chefia DPs menores ou faz plantões nas maiores.

Agentes

Analisam o local do crime e suas provas e colhem depoimentos.

OS ESPECIALISTAS

O Rio tem o Bope, mas a polícia paulista também tem suas unidades especiais

CHOQUE

Tropa da PM com batalhões para ações de alto risco, como perseguição a bandidos e contenção de rebeliões.

COE

Comando de Operações Especiais, seus PMs entram em matas, parques e rios e buscam corpos e desaparecidos.

GATE

Grupo de Ações Táticas Especiais da PM. Negocia com seqüestradores que têm reféns e faz desarmamento de bombas.

GOE

Unidade de repressão da Civil, o Grupo de Operações Especiais ajuda o Choque em ações como megarrebeliões.

GARRA

Também da Civil, o Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos é treinado na troca de tiros e perseguição de fugas.

PF

Das operações contra corrupção à emissão de passaportes

No Brasil, a PF é como se fosse uma Polícia Civil para crimes de porte nacional, como as questões de imigração, tráfico de drogas e armas e contrabando. Também investiga fraudes e corrupção e emite passaportes, além de treinar profissionais de segurança privada. As polícias locais não são subordinadas às federais – são instâncias diferentes que, quando necessário, trabalham em conjunto.

CONSULTORIA: JOSÉ VICENTE DA SILVA, CORONEL DA RESERVA DA PM DE SÃO PAULO E CONSULTOR DE SEGURANÇA PÚBLICA; CENTRO DE INFORMAÇÃO DO CONSULADO AMERICANO

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