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Retrato Falado: Barry Byron Mills, “O Barão”

O homem que fundou a Irmandade Ariana na base do sangue e do tráfico de drogas viveu praticamente a vida toda na cadeia

Por Danilo Cezar Cabral
Atualizado em 8 mar 2024, 11h32 - Publicado em 25 nov 2015, 14h10

ilustra Tiago Silva

edição Felipe van Deursen

1.Barry Mills nasceu em 1948 na cidade de Windsor, na Califórnia. Foi preso pela primeira vez quando tinha 19 anos. Aos 21, foi condenado por causa de um assalto a mão armada. Desde então, ele não saiu mais da prisão

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2. Em sua primeira passagem atrás das grades, em 1967, Mills criou a Irmandade Ariana, na famosa penitenciária estadual de San Quentin. Os ideais do grupo tinham inspiração em movimentos nazifascistas. Em 1979, em uma prisão de segurança máxima do estado da Geórgia, Mills entrou em conflito com um detento e o decapitou. O intuito era solidificar a Irmandade, por meio do terror, no sistema carcerário

3. O domínio do “Barão”, como era chamado, expandiu-se por penitenciárias estaduais e federais e até para fora do sistema prisional. Atualmente, a Irmandade atua de costa a costa dos EUA, afiliada a grupos nacionalistas, principalmente do sul do país. As atividades vão de extorsões a tráfico de drogas

4. Na década de 1980, Mills encabeçou a tríade que comandava a gangue. Os outros dois líderes eram Tyler Bingham, o Tenente, e Allen Benton, responsável por atividades em determinados estados. Esse comando federal se consolidou ao longo da década, época de maior atividade da Irmandade

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5. Entre 1979 e 1997, Mills foi sentenciado por seis assassinatos (embora se acredite que tenham sido pelo menos 14) dentro dos presídios. Todas as vitimas eram outros prisioneiros: membros de gangues rivais ou simplesmente pessoas que atravessaram o caminho da Irmandade Ariana

– Veja outros Retratos Falados da ME

6. Em 2004, um jornalista da prestigiada revista The New Yorker investigou a árvore genealógica de Mills, rastreando a maioria de seus parentes em Kansas City. A reportagem trouxe uma revelação irônica e bombástica: o neonazista Mills tem sangue judeu

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7. Em 1997, no presídio de Lewisburg, Benton recebeu a informação (não confirmada) de que um membro da Irmandade havia sido eliminado por um integrante de uma gangue negra, os DC Blacks, em outra prisão. Benton matou a facadas um dos Blacks, iniciando uma guerra entre os grupos

8. Enfrentando acusações em torno desse assassinato, Benton resolveu cooperar com as autoridades federais e fornecer informações relacionadas à Irmandade. Caso não ajudasse, teria que encarar uma provável pena de morte

9. A língua solta de Benton rendeu. Em 2006, 39 membros da Irmandade Ariana foram acusados de iniciar a rebelião, além de uma série de outros crimes. Com isso,Barry Mills teve que combater pela primeira vez evidências que poderiam levá-lo à câmara de gás

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10. No mesmo julgamento, Mills se safou da execução. Mesmo assim, o Barão, com 58 anos, foi sentenciado a quatro prisões perpétuas consecutivas, sem a possibilidade de liberdade condicional, devido a seu histórico e ao somatório de crimes que aconteceram durante a rebelião

QUE FIM LEVOU?

Barry Mills faleceu no dia 8 de julho de 2018, aos 70 anos. Ele cumpria sentença na penitenciária de segurança máxima de Florence, no Colorado

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LEIA TAMBÉM

– Como funciona um presídio de segurança máxima?

– O que é a raça ariana?

FONTES Documentário Crime Investigation, do canal Discovery CI, livro The Encyclopedia of Serial Killers, de Michael Newton, e sites Crime Library e The New Yorker

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