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Como é a descrição bíblica do apocalipse?

A versão cristã do fim do mundo tem anjos, pragas divinas e um dragão satânico

Por Juliana Sayuri
Atualizado em 22 fev 2024, 10h07 - Publicado em 11 jan 2018, 17h38

1. No início da era cristã, uma onda de opressão propalada pelo Império Romano avassalou a comunidade judaico-cristã no Mediterrâneo. Foi nesse contexto, marcado por violência e hostilidade, que o apóstolo João de Patmos teria escrito o último livro da Bíblia: o Livro da Revelação, mais famoso como o Livro do Apocalipse. Nele, afirma relatar revelações feitas a ele por Jesus Cristo. Ao longo dos capítulos, o apóstolo traça um panorama político e social da época, anunciando como seria o fim desses dias: a vitória do bem sobre o mal. Assim, mais do que o fim do planeta, João anunciava o fim dos que mandavam no mundo naquela época

(Estevan Silveira/Mundo Estranho)

2. O apocalipse começa com a vinda do anticristo, que governará o mundo por “mil anos”. No Novo Testamento, “anticristo” é tudo “contra Cristo” – assim, a figura é personificada de forma diferente, dependendo da tradição. No caso do Livro do Apocalipse, o anticristo é personificado no imperador romano Nero, perseguidor e assassino de cristãos. E os “mil anos” podem ser tanto literais quanto figurativos, dependendo da corrente interpretativa

(Estevan Silveira/Mundo Estranho)

3. Uma série de quatro “setes” marca o apocalipse: sete cartas, sete selos, sete trombetas e sete flagelos. Na tradição judaica, o número 4 representa a ideia de totalidade. As cartas simbolizam as igrejas destinatárias originais do livro, espalhadas na Ásia Menor, nas cidades de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia. Os selos desencadeiam as trombetas tocadas por anjos, anunciando os castigos perpetrados pela ira de Deus

(Estevan Silveira/Mundo Estranho)

4. O primeiro anjo toca a trombeta e uma chuva de pedras e fogo misturado com sangue atinge o solo, queimando árvores e ervas verdes. Após o som do segundo anjo, um terço do mar vira sangue. No terceiro toque, a estrela Absinto cai do céu, ardendo como uma tocha sobre os rios – e as águas viram absinto amargo, matando muitos

(Estevan Silveira/Mundo Estranho)

5. O estrondo da quarta trombeta fere um terço do Sol, da Lua e das estrelas, que perdem o brilho. Ao toque do quinto anjo, uma estrela cai do céu abrindo um abismo, de onde sai uma fumaça com gafanhotos para atormentar os infiéis. Venenosos, os bichos têm cauda de escorpião, couraça de ferro, coroa de ouro, dentes de leão, cabelo de mulher e rosto de homem

6. A sexta trombeta solta outros anjos que estavam presos no Rio Eufrates: os quatro cavaleiros do apocalipse, com couraças de fogo, jacinto e enxofre. Sua missão é exterminar o futuro: matar um terço da humanidade. Ao lado de um exército de 200 milhões, eles montam cavalos com cauda de serpente e cabeça de leão. O líder é o cavaleiro do cavalo branco, que simboliza a conquista. O do cavalo vermelho empunha uma espada, que representa a guerra. O do cavalo negro traz a fome e a miséria. O cavaleiro do cavalo amarelo, por fim, traz a morte

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7. O sétimo anjo desce do céu com um livrinho aberto, apoiando o pé direito sobre o mar e o pé esquerdo sobre a terra. É ele quem traz as más notícias: o fim está próximo. Após sua passagem, o Sol se torna negro, as estrelas caem do céu, trovões e terremotos ribombam. Muitos se escondem nas cavernas e nas montanhas. Mas apenas se salvariam 144 mil servos de Deus (12 mil das 12 tribos de Israel) – o que inspira a crença das Testemunhas de Jeová de 144 mil salvos

(Estevan Silveira/Mundo Estranho)

8. Abre-se no céu o templo de Deus em meio a relâmpagos e trovões. No céu, são avistados sinais, como um dragão vermelho de sete cabeças, dez chifres e sete diademas sobre suas cabeças. Na batalha celestial, o arcanjo Miguel e os anjos batalham contra a fera (que simboliza satanás). O dragão é derrubado e preso com correntes – o que é interpretado como a destruição do anticristo pela palavra de Cristo

(Estevan Silveira/Mundo Estranho)

9. Após as catástrofes e a queda do reino do mal, citado simbolicamente como a Babilônia (na época da escritura do livro, os babilônios representavam inimigos dos judeus), é instaurado o reino do bem, que retrata um retorno a um paraíso perfeito. Os mortos passam a ser julgados por Deus. É o famoso juízo final: os santos vão para o céu, os pecadores vão para o inferno

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(Estevan Silveira/Mundo Estranho)
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